terça-feira, 25 de novembro de 2008

SOBRE PASTORES E LOBOS

Osmar Ludovico da Silva

Pastores e lobos têm algo em comum:
ambos se interessam e gostam de ovelhas, e vivem perto delas.
Assim, muitas vezes, pastores e lobos nos deixam confusos
para saber quem é quem.
Isso porque lobos desenvolveram uma astuta técnica de se disfarçar em ovelhas interessadas no cuidado de outras ovelhas.
Parecem ovelhas, mas são lobos.
No entanto, não é difícil distinguir entre pastores e lobos.
Urge a cada um de nós exercitarmos o discernimento para descobrir quem é quem.
Pastores buscam o bem das ovelhas,
Lobos buscam os bens das ovelhas.
Pastores gostam de convívio,
Lobos gostam de reuniões.
Pastores vivem à sombra da cruz, lobos vivem à sombra de holofotes.
Pastores choram pelas suas ovelhas,
Lobos fazem suas ovelhas chorar.
Pastores têm autoridade espiritual,
Lobos são autoritários e dominadores.
Pastores têm esposas,
Lobos têm coadjuvantes.
Pastores têm fraquezas,
Lobos são poderosos.
Pastores têm senso de humor,
Lobos levam-se a sério.
Pastores olham nos olhos,
Lobos contam cabeças.
Pastores apaziguam as ovelhas,
Lobos intrigam as ovelhas.
Pastores são ensináveis,
Lobos são donos da verdade.
Pastores têm amigos,
Lobos têm admiradores.
Pastores extasiam-se com o mistério,
Lobos aplicam técnicas religiosas.
Pastores vivem o que pregam,
Lobos pregam o que não vivem.
Pastores vivem de salários,
Lobos enriquecem.
Pastores ensinam com a vida,
Lobos pretendem ensinar com discursos.
Pastores sabem orar no secreto,
Lobos só oram em público.
Pastores vivem para suas ovelhas,
Lobos abastecem- se das ovelhas.
Pastores são pessoas humanas reais,
Lobos são personagens religiosos caricatos.
Pastor vão para os púlpitos,
Lobos vão para os palcos.
Pastores são apascentadores,
Lobos são marqueteiros.
Pastores são servos humildes,
Lobos são chefes orgulhosos.
Pastores interessam-se pelo crescimento das ovelhas,
Lobos interessam-se pelo crescimento das ofertas.
Pastores apontam para Cristo,
Lobos apontam para si mesmos e para a instituição.
Pastores são usados por Deus,
Lobos usam as ovelhas em nome de Deus.
Pastores falam da vida cotidiana,
Lobos discutem o sexo dos anjos.
Pastores deixam-se conhecer,
Lobos distanciam-se e ninguém chega perto.
Pastores sujam os pés nas estradas,
Lobos vivem em palácios e templos.
Pastores alimentam as ovelhas,
Lobos alimentam-se das ovelhas.
Pastores buscam a discrição,
Lobos autopromovem-se .
Pastores conhecem, vivem e pregam a graça,
Lobos vivem sem a lei e pregam a lei.
Pastores usam as Escrituras como texto,
Lobos usam as Escrituras como pretexto.
Pastores comprometem-se com o projeto do Reino,
Lobos têm projetos pessoais.
Pastores vivem uma fé encarnada,
Lobos vivem uma fé espiritualizada.
Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas,
Lobos perpetuam a infantilização das ovelhas.
Pastores lidam com a complexidade da vida sem respostas prontas,
Lobos lidam com técnicas pragmáticas com jargão religioso.
Pastores confessam seus pecados,
Lobos expõem o pecado dos outros.
Pastores pregam o Evangelho,
Lobos fazem propaganda do Evangelho.
Pastores são simples e comuns,
Lobos são vaidosos e especiais.
Pastores têm dons e talentos,
Lobos têm cargos e títulos.
Pastores são transparentes,
Lobos têm agendas secretas.
Pastores dirigem igrejas-comunidades,
Lobos dirigem igrejas-empresas.
Pastores pastoreiam as ovelhas,
Lobos seduzem as ovelhas.
Pastores trabalham em equipe,
Lobos são prima-donas.
Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo,
Lobos geram ovelhas dependentes e seguidoras deles.
Pastores constroem vínculos de interdependência,
Lobos aprisionam em vínculos de co-dependência.

Os lobos estão entre nós e é oportuno lembrar-nos do aviso de Jesus Cristo:

“Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são devoradores” (Mateus 7:15).

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Eu Prefiro não ser "Gospel"

Josué Campanhã

Há algum tempo participei como convidado de uma reunião de empresários “gospel”. A reunião durou uma hora e meia, mas depois de dez minutos minha vontade era sair correndo, enojado com o que estava ouvindo. Falou-se de tudo em termos de “negócios gospel”. Como atingir o mercado, como produzir produtos mais atraentes, como vender o público “gospel” para as empresas seculares, como oferecer vantagens aos pastores para que eles permitissem que os produtos fossem vendidos nas igrejas, e vai por aí afora.
Em momento algum ouvi algo sobre: como vamos causar um impacto com o evangelho no Brasil e no mundo; quantos novos missionários vamos sustentar com o lucro do negócio “gospel”; o que vamos fazer para ajudar as igrejas a buscarem um avivamento; como vamos tornar Jesus conhecido.Depois que saí da reunião sem dar o meu apoio àquele tipo de negócio, comecei a refletir. Quando não éramos o mercado “gospel”, comprávamos bíblias para ler e estudar, e não para colecionar. Comprávamos CDs pela profundidade das letras e espiritualidade dos cantores, e não pela fama dos artistas. Abríamos novas igrejas para alcançar os que não conheciam a Jesus, e não por causa de uma nova visão que causou divisão. Cada pastor estudava a Bíblia e ouvia o Espírito Santo para pregar a cada semana, e não simplesmente reproduzia a mensagem pronta recebida do seu bispo ou apóstolo.
No tempo em que não éramos “gospel”, pastor ainda era respeitado e podia comprar a crediário. Não tínhamos bancada evangélica, que segundo a imprensa, só gera escândalos. Não precisávamos de prêmios para artistas e escritores de sucesso ou para igrejas que se tornaram famosas. No tempo em que não éramos “gospel”, o show ainda se chamava louvorzão, não cobrava ingresso e não precisava de camarote vip para os artistas.Como diz um amigo meu: “e pensar que tudo começou com um jumentinho!”. Conseguimos transformar Jesus em “gospel”, “fashion” e “pós-moderno”, mas ainda não conseguimos traduzir a Bíblia para todas as línguas em que ela não existe, nem reverter a corrupção neste país, nem causar um impacto transformador na socidade.
Hoje os resultados da febre “gospel” mostram gráficos cada vez mais animadores para os empresários. No entanto, no tempo em que não éramos “gospel”, os resultados para o Reino eram mais consistentes. Nesta era “gospel” nos orgulhamos de ter milhares de igrejas e milhões de crentes, mas não nos envergonhamos da “corrupção gospel”. Nos orgulhamos por estar no rádio e na tv, mas não nos envergonhamos por termos diminuído o número de missionários no Brasil e no mundo. Nos orgulhamos de estar mais próximos aos governantes para orar com eles, mas não nos envergonhamos de que um avivamento ainda não aconteceu em nossa nação por falta de oração e quebrantamento da nossa parte.
Alguém pode dizer que tudo isto é saudosismo. Eu me considero um futurista, sem qualquer dificuldade para quebrar os tradicionalismos do passado. No entanto, eu penso e analiso gerações. E quando faço isto e tiro conclusões, eu vejo que a igreja evangélica brasileira se tornou grande e obesa, mas sem agilidade para provocar transformações. Ela corre o risco de girar em torno de si mesma.
Enquanto esta igreja gigante e cheia de potencial não acordar para um quebrantamento do Espírito, vamos nos encantar com nosso gigantismo, mas não seremos efetivos em nosso impacto. Eu prefiro não ser “gospel” no sentido em que esta palavra é usada hoje, mas sou de Jesus, creio num avivamento da igreja brasileira e sonho com o dia em que o Brasil será usado por Deus para um impacto missionário global.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A CONFIANÇA EM AMULETOS!

Prof. João Flávio Martinez
Acreditamos que a fé das pessoas deve e tem que ser estimulada. Infelizmente, vemos que nessa tentativa certas igrejas estão usando um sistema não ensinado pela Bíblia. Sistema este cuja base é a troca da fé genuína, pela fé no visível e palpável. Nós, que somos protestantes, somos conhecidos por crer no Deus invisível e não aceitar o palpável (Jo 20.29). Como aceitar essa doutrina dos amuletos imposta por algumas denominações evangélicas? Cornetas, espadas, sal grosso, arruda, rosa, enxofre e muito mais. Isso tudo é inaceitável, visto não ter bases bíblicas e nunca ter sido praticado pela Igreja primitiva. Devemos ter em mente o nosso verdadeiro alvo, a fé viva em Deus, invisível, mas real (I Tm 1.17).
"...fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé..." (Hb 12.2).
Esse desvio de alvo tornou-se tão sério que as pessoas dessas igrejas precisam quase sempre de um objeto para que sua fé funcione.
Certo dia eu encontrei um irmão, amigo meu, que congregava em uma dessas igrejas. Nesse nosso encontro ele mostrou-me uma corneta e tocou bem forte. Após isso me perguntou:
- "Você sentiu?"
-"Senti o que?"
-"O poder", disse ele.
Demonstrei na minha fisionomia que não havia entendido nada e então ele explicou-me:
- "É uma corneta ungida e o Bispo nos disse que tem poder, poder tão forte que expulsa até demônios."
Chocado eu lhe expliquei que só no nome de Jesus havia poder para tal (Mc 16.17) e que eu não sabia que a igreja dele estava dando aquilo para seus membros. Ele, um tanto chateado, disse-me:
- "Dando não, eu paguei cem reais!".
Depois desse diálogo, disse até logo e fui embora. Relatei esse fato para mostrar que se não for feito nada a coisa não vai ficar boa.
Uma vez ou outra nos deparamos com estes amuletos dependurados nas casas de certos cristãos. Isso é lamentável!
Em outra ocasião fui chamado com urgência para acudir certa pessoa com problema de possessão - era a nora de uma irmã que freqüentava uma dessas igrejas. Ao chegar contemplei sua nora terrivelmente endemoninhada, mas o que mais me chocou não foi o estado de possessão em que se encontrava a moça e sim ao ver a irmã fazendo um exorcismo com um amuleto na mão. O amuleto era o chaveiro da denominação que ela freqüentava. Quando a indaguei sobre o que fazia, a mulher disse-me que o chaveiro era ungido e que o pastor tinha lhe dito que aquilo era poderoso até para expulsar demônio. Mostrei-lhe como era o certo e a aconselhei a jogar fora aquela "idolatria Evangélica".
O Senhor JESUS nos deu autoridade para expulsar o mal em seu nome, e não usar de amuletos e artimanhas. Não nos esquecendo que estes amuletos não são de graça, custam muito dinheiro e usurpam a glória de Deus.

A UNÇÃO DAS GALINHAS

Extraído do Site: Ministério CACP
Você já deve ter ouvido “testemunhos” para lá de estranhos, como um que, há algum tempo, virou motivo de zombaria na Internet, pelo qual certo pregador afirma que galinhas, em um galinheiro, teriam sido “batizadas com o Espírito Santo”. Uma delas, inclusive, teria falado em línguas angelicais, sendo interpretada por um galo! Confira - Escute o testemunho - clique aqui
Eu não publico este artigo para zombar de quem afirma isso, pois o meu objetivo não é expor pessoas, e sim orientar o povo de Deus. Mas é óbvio que esse “testemunho” é antibíblico e blasfemo.
Muitos têm argumentado: “Deus não usou a boca de uma jumenta? Por que não pode usar galinhas? Não podemos pôr Deus dentro de uma caixinha”. Oh, sim, porém, nas circunstâncias que envolviam o mercenário Balaão, não havia ninguém, de fato, para ser usado por Deus. Foi uma exceção à regra. Não vemos depois daquele episódio Deus usando outros animais para transmitir mensagens com voz humana. Ah, e não nos esqueçamos de que o Diabo também usou a boca de uma serpente, no primeiro caso em que um animal falou (Gn 3.1).
Deixando um pouco de lado o assunto do galinheiro, muitos irmãos me perguntam se Deus usou mesmo a boca de uma jumenta. É claro que sim, mas não como se ela fosse um profeta de Deus, que diz “Assim diz o Senhor”. Sabemos que jumentas não falam; não raciocinam como homens, pois não foram dotadas da mesma capacidade humana para falar. Como teria aquela jumenta raciocinado e repreendido o profeta, que a espancava?
Foi Deus mesmo quem abriu a boca da jumenta. E foi somente depois de Balaão ter reconhecido o seu erro, ao ouvir as palavras do animal, que Deus abriu os seus olhos! “Que te fiz eu, que me espancaste estas três vezes? (...) Porventura, não sou a tua jumenta, em que cavalgaste desde o tempo que eu fui tua até hoje? Costumei eu alguma vez fazer assim contigo? E ele respondeu: Não. Então, o Senhor abriu os olhos a Balaão...” (Nm 22.28-31). O profeta só viu o anjo depois de ter ouvido a repreensão da jumenta!
É, pois, um equívoco pensar que Deus apenas abriu a boca do animal, que, por conta própria, raciocinou, articulou bem as sílabas e impediu a loucura do profeta! Deus abriu a boca da jumenta e lhe deu palavras inteligíveis, como se fosse uma pessoa falando, a fim de repreender Balaão (II Pe 2.16). Isso foi um milagre, uma ação divina sobrenatural! Não houve mensagem profética, do tipo “Assim diz o Senhor”, mas, quanto ao fato de Deus ter usado a jumenta, não há dúvidas.Bem, voltando ao episódio da galinha que teria falado em línguas angelicais, sendo interpretada por um galo, em um galinheiro repleto de aves “batizadas com o Espírito Santo”, afirmo que, como servos do Senhor, não devemos interpretar a Bíblia à luz das nossas experiências, e sim estas à luz da Palavra de Deus. Esse “testemunho“ é aberrante, antibíblico e blasfemo.
Não há nenhum caso similar no Novo Testamento. Mas os defensores de "testemunhos" como esse recorrem a passagens bíblicas isoladas, fora do contexto, dizendo ter a "unção da loucura de Deus", fazendo uma interpretação forçada de I Coríntios 1.25, que não menciona a loucura de Deus de modo literal. Ali a ênfase recai sobre a grandeza da sabedoria de Deus em comparação com a limitada sabedoria humana (cf. I Co 2.1-10). Tanto que o versículo menciona também a "fraqueza de Deus". Por que os milagreiros da atualidade não pregam sobre a "unção da fraqueza de Deus"?
Outra passagem preferida dos milagreiros é João 14.12. Fenômenos para lá de exóticos ocorrem, gerando confusão, todos acompanhados de heresias verbalizadas. Isso sem falar do fato de que os tais milagreiros verberam contra veteranos homens de Deus, chamando-os de "velharada". No entanto, quando estudamos, à luz da língua original, a expressão "coisas maiores", vemos que Jesus enfatizou quantidade, e não qualidade das obras. As "obras maiores" que a igreja deve fazer hoje são as mesmas mencionadas em Marcos 16.15-20, e não sinais exóticos, estranhos, esquisitos, que só geram confusão e divisão.
Nos cultos da igreja de Beréia, os crentes recebiam de bom grado as pregações, mas as examinavam à luz das Escrituras (At 17.11). Imagine se um pregador, naqueles dias, dissesse que Jesus batiza galinhas com o Espírito Santo! Com certeza, considerariam tal afirmação blasfema, haja vista distorcer o propósito do revestimento de poder, dado exclusivamente às pessoas salvas, obedientes ao Senhor (At 2.39,38; 5.32).
Fica para nós uma lição: qualquer experiência, por mais extraordinária e “fenomenal” que seja, se não tiver apoio claro e inquestionável da Palavra de Deus ou gerar confusão doutrinária, deve ser rejeitada. Não é por acaso que as Escrituras nos mandam provar se os espíritos são de Deus (I Jo 4.1). Afinal, quem é espiritual discerne, julga, prova bem tudo (I Co 2.15).
Fontes:Ciro Sanches Zibordi

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

O DOM DE SEPULTAR IGREJAS

Augustus Nicodemus

É um assunto sensível e delicado, mas acho que devo escrever sobre ele. É o caso de pastores que acabam ficando conhecidos, não pelas novas igrejas que abriram, mas pelas igrejas que sepultaram. A mão deles, ao sair das igrejas, quase sempre foi aquela que fechou os olhos do pobre cadáver eclesiástico.Soube que os colegas de um desses, na gozação, haviam decidido entregar-lhe “a pá de ouro”, quando finalmente se jubilou para alívio de todos... (qué malos!) Os pastores com o ministério do “esvaziamento bíblico” são um problema para suas denominações, que ficam sem saber o que fazer com eles, após terem criado problemas em praticamente todas as igrejas por onde passaram. O pior é quando um pastor desses acaba obtendo algum poder político no âmbito da denominação, o que torna ainda mais difícil achar uma solução.
E que solução haveria para os pastores que têm um histórico crônico de problemas nas igrejas por onde passaram? Acho que se deve, em primeiro lugar, dar um crédito de bona fide. Será que o problema é realmente o pastor ou os conselhos e igrejas por onde, por azar, andou pastoreando? (há, de fato, conselhos, consistórios ou mesas diretoras conhecidos por trucidarem pastores. Mas, isso é assunto de outro post...)
Descontado este crédito, fica evidente que tem gente que errou na escolha do ministério pastoral como sua missão no mundo. Talvez esse engano não foi intencional. O zelo e o ardor de servir a Deus e de viver em contato com sua Palavra e a sua obra fazem com que muitos jovens cristãos, cheios de amor ao Senhor, busquem o pastorado como a maneira prática de realizar seus sonhos espirituais. A esses, muito pouco tenho a dizer, senão que podemos ser espirituais, zelosos por Deus, amantes de Sua Palavra e de sua obra em qualquer outro lugar além do púlpito. Há cristãos zelosos e sinceros que sinceramente erraram na vocação. Há também aqueles que viram o pastorado como meio de vida, ou que ficaram fascinados pelo prestígio que o púlpito e o microfone na mão parecem conferir aos que chegam lá. O pastorado exige mais que desejos profundos de santidade e paixão pelas almas perdidas. E obviamente, nunca será eficazmente desempenhado por quem entrou por motivos baixos.Não estou dizendo que a prova da genuinidade da vocação é o sucesso numérico, pastorados longos em um único lugar e um histórico de saídas pacíficas de diferentes igrejas. Sei que números não dizem tudo. Nem saídas pacíficas de pastorados longos. Contudo, dizem alguma coisa. O problema se agrava porque em denominações históricas se incentiva o ministério em tempo integral. O pastor, via de regra, só aprendeu a fazer aquilo mesmo: realizar atos pastorais, elaborar uma liturgia, preparar sermões e estudos bíblicos, atender gente no gabinete, visitar os enfermos e necessitados, animar os cultos de domingo, fazer a sociabilidade da igreja, e por ai vai. Se sair do pastorado, não sabe praticamente fazer mais nada. Vai acabar abrindo uma igreja para ele, como muitos fizeram. Para evitar o problema, algumas denominações incentivam pastores bi-vocacionados, isto é, que além do ministério pastoral, tenham uma profissão secular.
Pastores com dom de fechar igrejas acabam se tornando um problema para todo mundo, especialmente quando eles vêm com um defeito de fábrica: a falta do “mancômetro”, um instrumento extremamente necessário para o ministério pastoral, que avisa quando está na hora de sair. Pastores sem mancômetro não conseguem perceber aquilo que todo mundo fica com receio de dizer-lhe abertamente: que de pastor mesmo, ele tem pouco ou nada. E que a melhor coisa que ele deveria fazer, era pedir para sair, e sair silenciosamente, sem fazer muito barulho.
Não posso deixar de admirar pastores que após algum tempo de ministério voluntariamente pedem para sair, ao perceber que cometeram um erro ao entrar. Conheci uns três ou quatro que fizeram isso, apesar de só me lembrar do nome de um deles. Tenho certeza que uma atitude dessas por parte de irmãos com o dom de enterrar igrejas agradaria ao Senhor. A ponto dele abrir-lhes portas para ganharem a vida de uma forma realmente digna e decente. Lembro-me da oração de meu sogro, o Rev. Francisco Leonardo, quando era reitor do Seminário Presbiteriano do Norte: “Senhor, manda para o seminário os verdadeiros vocacionados e coloca para fora os que não são”. Se mais diretores de seminários e conselhos de igrejas fizessem esse tipo de oração com mais freqüência, teríamos que entregar menos “pás de ouro” nos concílios.

sábado, 5 de julho de 2008

PL 122/06 PODE SER APROVADO RAPIDAMENTE

Tsuli Narimatsu > Jornalista da Portas Abertas

Protesto contra PL 122/06 movimenta o Congresso
Um grupo formado majoritariamente por evangélicos esteve no Congresso Nacional (25/06) para protestar contra o PLC 122/06, projeto de lei que criminaliza a homofobia, e que está para ser votado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAS).
Segundo estimativa da Polícia Militar, cerca de mil pessoas protestou em frente ao Senado contra a aprovação do projeto, mas os manifestantes, apesar da ação pacífica e de estarem em um número maior do que o oficialmente divulgado, foram impedidos de entrar no Congresso Nacional, onde funcionam as duas Casas Legislativas: a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.
Atenção à tramitação do projeto
Atualmente o projeto está para ser votado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). De lá, seguirá para a aprovação da Comissão de Direitos Humanos (CDH) e depois para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Pode parecer um longo trajeto, mas não é. Assim que deixar a CCJ, o PLC 122/06 irá diretamente para mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já disse que irá sancionar (ou seja, assinar) a lei de homofobia.
Corre à boca pequena que a transferência do projeto da CDH no início do ano para a CAS seria para ganhar tempo e fazer um acordo com senadores. Ore para que não haja nenhuma forma de cooptação dos políticos envolvidos no processo.
Votação surpresa
Faz parte da estratégia usada pelos senadores (e também por deputados e vereadores) a falta de transparência na agenda dos trabalhos legislativos – o que impede que o povo conheça com antecedência o que está para ser votado, e portanto, não consiga se mobilizar a tempo.
Desse modo, diversas leis que interferem diretamente na vida dos cidadãos são aprovadas. E foi exatamente assim que o PLC 122/06 foi aprovado em todas as comissões (colocado em pauta na última hora) e pelo plenário da Câmara dos Deputados, em uma sessão esvaziada, quando a bancada evangélica estava ausente.
Muitos deputados à época não criam na aprovação de uma lei tão absurda que fere a liberdade de pregação da Bíblia Sagrada, entre outros pontos. Mas o projeto chegou ao Senado e está próximo de se tornar lei.
Lembre-se: nossa liberdade religiosa, de interpretação e pregação – não apenas de trechos bíblicos como também do Alcorão e da Torá – podem sofrer um “cala boca”.
Se o PLC 122/06 for aprovado como está, você poderá assistir pastores, padres, rabinos e xeiques presos. A realidade da Igreja Perseguida expressa em nossa revista e livros pode se tornar a realidade da Igreja Brasileira. Sem contar que seremos obrigados a “contrabandear” Bíblias cujo original não foi censurado!

Clique aqui para saber o endereço e o telefone dos 36 senadores e ver uma sugestão de modelo de carta.
Fonte: Portas Abertas

quarta-feira, 4 de junho de 2008

BODES

Arthur W. Pink

Há uns poucos meses atrás, publicamos algumas notas sobre bodes, nos enviadas por um irmão da Austrália. Várias pessoas têm escrito para dizer que elas foram ajudadas pelas mesmas. Não muito depois disso, escrevemos para o irmão Klooster, que está engajado na obra do Evangelho na Holanda, uma terra onde os bodes são totalmente comuns entre as pessoas mais pobres. No decorrer da nossa carta a ele, mencionamos que era a nossa crescente convicção de que “os bodes” de Mateus 25:33 etc. são cristãos professos que são desprovidos da vida de Deus em suas almas. Sua réplica fortaleceu ainda mais a nossa convicção, e dela extraímos aqui alguns pensamentos com respeito a estes animais, como sendo uma descrição daqueles que levam o nome de Cristo, mas que são estranhos à Sua salvação.
Leia Mateus 25:31-33. “É claro, à partir da Escritura, que as ‘ovelhas' mencionadas aqui são o povo escolhido de Deus, que foram lavados no sangue do Cordeiro, e que seguem o grande Pastor (João 10:26-29). Igualmente claro à partir da Escritura é que os ‘bodes não são ateus e outros que repudiam a existência do Deus eterno, mas são aqueles que tendo ‘uma forma de piedade, negam, entretanto, o poder dela', pessoas que estão sempre aprendendo e ‘nunca são capazes de chegar ao conhecimento da verdade' (2 Timóteo 3:5-7). Olhando agora para Mateus 25:44, lemos que os bodes responderão à Cristo 'dizendo, Senhor, quando foi que Te vimos com fome?' Somente aqueles de quem é dito em 2 Timóteo 3:5; Judas 11 etc. irão (nem mesmo as ovelhas, os filhos de Deus) se dirigir a Ele como ‘Senhor'. Por meio disto eles mostram sua ‘forma de piedade' ou semelhança externa aos filhos de Deus, de forma que, a uma certa distância, os bodes se parecem com as ovelhas na aparência e no som de seu balar. Em Mateus 7:21-23 lemos sobre este mesmo povo religioso, com sua ‘forma de piedade'.
“Na Escritura a ‘mão direita' é sempre usada como um símbolo para o lugar de força, poder, honra, proteção e comunhão: leia cuidadosamente Salmos 16:8, 9, 11; Marcos 15:27; Gálatas 2:9; Êxodo 15:6. Mas a ‘mão esquerda' é um símbolo do lugar de inferioridade, desonra, tolice. ‘O coração do sábio se inclina para o lado direito, mas o do estulto, para o da esquerda' (Eclesiastes 10:2). Eúde (Juízes 3:15-22) era canhoto, e um vil assassino. Os setecentos homens de quem é falado em Juízes 20:16 eram todos canhotos, e trouxeram certa destruição quando usadas na batalha. Em Ezequiel 16:46 lemos dos religiosos da apóstata Samaria habitando à ‘mão esquerda' de Jerusalém — Sodoma como sua ‘mão direita' será exaltada acima dela: Mateus 11:20-24.
“Em conexão com Mateus 25:33 lemos em Ezequiel 34:17, ‘Eis que julgarei entre gado pequeno e gado pequeno', isto é, entre ovelhas e bodes, pois a próxima sentença adiciona ‘entre carneiros e bodes' [NT: “bode-macho”, na versão do autor]. Lendo o capítulo inteiro cuidadosamente, não há dúvida de que ‘carneiros' fala dos mestres, líderes, pastores das ovelhas; enquanto que ‘bodes' fala dos falsos profetas (2 Pedro 2:1-3), os ‘mercenários' (João 10:12, 13), que arrebatam e dispersam as ovelhas. “Um carneiro tem a mesma natureza e gosto de uma ovelha, ele é somente mais forte, e o protetor natural daquela. Um carneiro nunca ataca um homem ou um animal, exceto que ele, ou sua ovelha, seja atacado. Assim, o verdadeiro pastor somente ataca quando a honra de seu grande Pastor e de Suas ovelhas é assaltada: então, como o carneiro, ele lutará até mesmo à morte. O bode-macho tem a mesma natureza dos bodes, ele é somente mais feroz e destrutivo, e atacará sem qualquer provocação ou necessidade: assim, os falsos pastores estão constantemente fazendo ataques violentos contra a Verdade, contra Cristo e contra o Seu povo.
“Então, Eu salvarei o Meu rebanho, e elas não mais serão saqueadas; e Eu julgarei entre gado pequeno e gado pequeno' (Ezequiel 34:22). ‘Ele separará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas...e irão estes (os bodes) para o castigo eterno, porém os justos (as ovelhas), para a vida eterna' (Mateus 25:32,46).
traduzido por Filipe Sabino de Araújo Neto

quarta-feira, 2 de abril de 2008

FALSO CRENTE

Marco Antonio de Castro

A falsa doutrina é tão perigosa quanto o falso pregador. É impossível separar o falso pregador da falsa doutrina. Um está para o outro. O falso profeta é o pregador oficial da falsa doutrina.
Quando se diz “falso pregador”, que ninguém entenda ser uma personagem assustadora que fala abertamente tudo o que é contrário à boa Palavra divina. Muito pelo contrário! O falso pregador é aquele que tem a extraordinária argúcia de usar corretamente vários textos da Bíblia e torcer o seu contexto. Com sutileza é capaz de usar “cem textos” sem contexto.
Quando o falso profeta faz isso, ele contamina a doutrina verdadeira. É como se um copo cheio de boa água recebesse uma gota de veneno.
Todos sabem que o caos da humanidade se deu porque o diabo torceu sutilmente a Palavra de Deus. Considere que a antiga serpente não negou a existência do Senhor, não negou Seu poder criador, simplesmente torceu a Verdade com uma maliciosa gota de falsidade. Naquele exato momento desabrocha a falsa doutrina. O dragão foi o primeiro a colocar veneno na Água do Evangelho da Graça.

Por que o cristão deve ter aversão pela falsa doutrina? Porque o próprio Deus a odeia: “Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão... outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas... as quais eu também odeio (Apocalipse 2.14,15;6c).
Os cristãos são exortados a não se deixarem envolver pela falsa doutrina: “não vos deixeis envolver por doutrinas várias e estranhas...” (Hebreus 13.9) “...não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro”. (Ef 4.14)

Os falsos pregadores, tanto do passado quanto do presente, se deleitam com questões misteriosas, revelações exclusivas, experiências pessoais, fenômenos extraordinários e são mestres ao adicionarem esses temas às carências humanas. Os tais são especialistas em colocar a “gota de veneno” para dar algo mais aos anseios do coração do homem. É por aí que eles atraem e cativam os seus ouvintes, de tal modo, que é impossível essas pessoas serem convencidas de que estão sendo enganadas.

Todos devem estar em estado de alerta, porque há muito que não se via tanto falso pregador e tanta falsa doutrina. É necessário que o filho de Deus “não dê ouvido às palavras dos profetas que entre vós profetizam e vos enchem de vãs esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do SENHOR” (Jeremias 23.16)

É incrivelmente interessante como a falsa doutrina atrai o falso crente. Enquanto o crente verdadeiro ouve a voz de Cristo, o falso ouve a voz do falso cristo. Enquanto o filho de Deus tem o coração inclinado pelo Espírito Santo para a Palavra de Deus, o filho das trevas o tem inclinado para o “pai da mentira”.
Você já notou que o falso crente se agrada com a comunhão na congregação, participa calorosamente das discussões nos grupos de estudo, aprecia as festas organizadas e se regozija intensamente com os cânticos congregacionais? É verdade! ele participa e se satisfaz com tudo isto, menos com uma coisa: a pregação expositiva e sistemática da boa doutrina! Aí ele fica impaciente, sonolento, enfadado, distraído, etc. Esse tipo de “crente” incrédulo é aquele que tem sempre as mesmas dúvidas, faz sempre as mesmas perguntas, suas palavras não têm edificação espiritual e jamais recebe com gratidão as palavras ensinadas pelos pregadores da Verdade. Ele está sempre questionando com incredulidade. Polemiza teologia, não por amor a Verdade, mas porque ama o debate. Aprecia citar as palavras dos falsos pregadores, aprende com a maior facilidade o que dizem os falsos profetas e seguem as suas práticas sem cerimônias.
“Haverá tempo” pregou Paulo “em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos” (2 Timóteo 4.3). Esses tais “se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas” (2 Timóteo 4.4).
É verdade! A alma desse “crente” incrédulo se satisfaz na fantasia da falsa doutrina que lhe estimula a cobiça e vice-versa.
Lamentavelmente a igreja contemporânea está cheia de falsos crentes que amam a falsa doutrina e adoram os falsos profetas. Por serem tantos em nosso meio, perdemos as nossas características e a autêntica personalidade cristã.

Eis um axioma: O pregador de falsas doutrinas e os falsos crentes se atraem mutuamente, ambos se satisfazem no que falam e no que ouvem. Nenhum deles tem prazer na “lei do Senhor”, na sã doutrina.
Por considerar questões doutrinárias como fundamentais e essenciais para a vida cristã, o Espírito Santo é enfático em relação aos pregadores de falsa doutrina: eles não devem ser acatados. “... se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas”(2 João 1.10). Paulo clamava: “Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos” (Romanos 16.17,18). Pedro advertia: “e muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade”(2 Pedro 2.2).

Atenção! Estamos vivendo os últimos dias, eis por que eles são tantos e a cada dia se multiplicam e “... enganarão a muitos”. (Mateus 24.5).

Porventura, você ainda não percebeu, que de um tempo para cá, tantas coisas têm sido ditas e feitas em nome da Santa Doutrina Cristã?
Você ainda não percebeu que ao Evangelho estão associando coisas absurdamente escandalosas e inimagináveis?
Não se deixe enganar, pois a “antiga serpente” (o diabo) e “o falso profeta” (o falso pregador), “sabendo que pouco tempo lhes resta” estão disseminando a falsa doutrina para envergonhar o evangelho e perseguir moralmente aos verdadeiros cidadãos dos céus.
Isaías pregava a plenos pulmões: “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Is 8.20). O profeta está ensinando que a única fonte autorizada como Palavra de Deus é a Escritura Sagrada. É pelo contexto bíblico que aprouve ao Senhor falar ao homem. Então, procure identificar o falso pregador! Não lhe dê crédito pelo simples fato dele se auto apresentar como homem de Deus! Leia o que diz o Espírito Santo pela pena de João: “amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (I João 4.1). Provar os espíritos significa testar os pregadores à luz da Escritura Sagrada.
Examine a Palavra de Deus, ela é a lâmpada que desmascara o maldito pregador.

“...Aquele que tem sede” disse Jesus enfaticamente, “venha e beba de graça da água da vida” (Apocalipse 22.17). Então, busque beber a Água da Vida e não a água misturada com veneno. Esta água é a água da morte eterna.
O falso pregador, por não crer na suficiência das Escrituras, coloca veneno na Água, e quem, em sã consciência, beberia dessa água sabendo que alguém colocou uma gota de veneno? Mas é o que tem acontecido com muita gente em muitas igrejas “evangélicas” em nossos dias.

O que você está procurando ouvir: a simples, mas verdadeira Palavra de Cristo, ou as palavras que satisfazem a cobiça da carne?
Você é daqueles que bebe de tudo o que lhe dão, sem discernir a Água pura da água misturada com veneno?
Você é daqueles que dá crédito a qualquer um que se levanta e diz que veio em nome de Jesus?
Saiba que o falso pregador será severamente julgado. Mas ele não estará sozinho nesse julgamento divino, juntamente com ele estarão todos os que deram crédito ao que ele pregou!

E para finalizar, deixo meu singelo comentário a todos aqueles que aplicam e adaptam as escrituras as suas necessidades ou para encobrir seus erros dizendo que a bíblia foi escrita a dois mil anos atrás e merece ser vista com outros olhos.
Pois bem, quando indagaram Jesus sobre seu nome este respondeu “Eu sou”; Portanto cuidado ao tomar atitudes abomináveis aos olhos do Senhor e não voltar atrás porque na sua Igreja ou para seu pastor isto é uma prática comum e aceitável;
Vou á balada pois preciso me divertir, Deus não me quer triste. Pulo Carnaval porque Deus é moderno; Posso buscar a justiça humana para dirimir meus problemas pois é previsto em lei.
Ou pior, mas a pessoa que assim ensina é um teólogo, ou doutor em teologia cristã.
Jesus era marceneiro e o era para deixar claro que os títulos de nada servem. A letra mata e o espírito quem vivifica.
Mas eu falo em línguas estranhas.... Será que você realmente é tomado pelo espírito do Senhor ou durante um momento na sua vida falou algumas palavras e estas tornaram-se repetitivas nas suas orações. Porque não evoluiu mais e não falou cada vez melhor e de uma forma mais íntima com seu Deus?
Mas na minha vida tudo foi sempre uma escolha. Faça a sua e que Deus os abençoe.

quinta-feira, 6 de março de 2008

O QUE FOI FEITO DA IGREJA?


Antônio Carlos Barro

Alguém disse que se quisermos saber das estratégias da guerra, devemos perguntar aos generais; mas se quisermos ter informações da guerra, devemos perguntar aos soldados. Essas palavras são sábias. Os soldados estão nas trincheiras, enfrentam a guerra com suas próprias vidas e mesmo diante da possibilidade da morte, continuam avançando. Lembrei-me disso porque há um tempo atrás alguém me disse de tal igreja que se chama Igreja Mundial do Poder de Deus. Confessei a minha total e acachapante ignorância afirmando não conhecer tal pérola de grande valor. Nem me lembro agora do que me foi informado sobre a mesma.
Hoje, sem nada para fazer, passeando pelos canais da TV, eis que me deparo com a dita cuja. Por sorte (ou azar) sintonizei bem na hora em que o apóstolo pediu para as pessoas apanharem um envelope (podia ser qualquer envelope) e colocar dentro o recibo de depósito de cem reais e que o nome do ofertante seria levado a algum lugar para receber uma oração. Somente cem reais. Quem se dispusesse a mandar, garantiu o apóstolo, o milagre iria acontecer e prometeu dar provas de que os milagres acontecem.
Dito e feito. Além de matar a cobra o pregador mostrou o porrete. Na próxima cena o dito cujo aparece num salão e eis que vem um homem chorando. O diálogo é de uma riqueza espiritual que faria inveja a Martinho Lutero e seus colegas reformadores.
- O que aconteceu? Pergunta o arauto.
- Eu fui curado, responde o singelo mendicante do favor divino.
- Curado de que?
- Os meus olhos, eu enxergo.
Nesse momento aproxima-se uma mulher e o arauto vira-se a ela e pergunta:
- Quem é a senhora?
- A esposa, responde a mesma.
- O que ele tinha?
- Estava sem ver fazia quatro anos e hoje foi curado.
Não agüentando tanto milagre arauto e mendicante se abraçam e levado pelo calor do momento o apóstolo ainda ordena: Que ele recebe um rim novinho!
Nessa altura eu imagino que Calvino, Wesley, John Huss, os mártires de Hebreus, Áquila e Priscila devem ter dito aos anjos: Não temos nada a ver com isso! Não nos comprometa!
Depois disso desliguei a TV, pois estou em férias.
Mais tarde o sangue ferveu e não agüentei. Fiz uma rápida pesquisa na Internet. Iluminado fui e agora posso dizer que o espírito da ignorância foi retirado de mim.
A assim chamada Igreja Mundial do Poder de Deus é descrita na Wikipidia como uma igreja evangélica (isso não é novidade, pois no Brasil tudo o que não é católico, é evangélico). Fundada em 1998 por um dissidente da Universal (se eu fundar uma igreja acho que a chamarei de UniverÇucar – a que adoça a boca grande do crente apatetado por coisas novas) chamado Valdemiro Santiago. O lema da igreja é sugestivo: "A mão de Deus está aqui".
Continuando na investigação descubro que o Santiago é formando pela Ordem dos Teólogos Evangélicos da América Latina (alguém aí já ouviu falar?) e pregador há mais de 30 anos. Ele, cheio do Espirito Santo e certamente por revelação divina, deixou a Universal pois esta está se transformando em um misto de centro de macumba e igreja católica.
Bem... nessa altura devo chorar e pedir que Billy Grahan, Antonio Elias, Eneas Tognini, Karl Barth e Dietrich Banhoeffer nos perdoem. Depois de um breve momento penitencial, continuo e descubro que o grande apóstolo Santiago é o fundador e primaz da IMPD. Talvez você pense que eu li errado. É primaz mesmo. Mas como o homem não é de ferro, tem como auxiliares a esposa (por que eu não fiquei surpreso?) a bispa (outra vez não fiquei surpreso) Franciléia e mais dois bispos e outro bispo que é o Vanderlei Santiago (tudo em família – a propósito, o feminino de bispo é episcopisa). Com essa pleide constelar a igreja segue firme. Quase me esqueci de mencionar que depois do apóstolo e dos bispos seguem-se os pastores, o corpo de obreiros e os membros (ou seja: os tontos).
Que doutrina segue essa igreja que há de fazer de história? Certamente ela tem o seu Corpus Christianus que deve ter sido elaborado depois de grande e solene reunião dos bispos em algum aposentado sagrado. Sou informado que a sua doutrina vem dos estatutos estabelecidos por Deus na Bíblia Sagrada, Uma das pérolas doutrinárias é essa: Os dízimos e ofertas voluntárias. Aliás, para que ninguém pense maldade sobre a IMPD, no programa que eu assisti, o bispo disse com todas as letras que o dinheiro não era para ser mandado em seu nome, mas em nome da igreja. Beleza! Isso é o que podemos chamar de transparência.
Finalmente, para que ninguem pense que o apóstolo se fez apóstolo por contra própria como alguns apostolinhos de outras igrejas, aprendo que o Santiago era bispo e teve seu título mudado para "apóstolo", por concordância de outros bispos da Igreja Mundial, pastores, e líderes de outras denominações (infelizmente não informa quais pastores e quais denominações fizeram esse grande e inestimável favor ao movimento evangélico brasileiro).
Nessa altura já me dando por satisfeito e preparando para dormir resolvi visitar o site da igreja. Não deveria ter feito isso, pois a primeira coisa que leio não é recomend;avel aos olhos das crianças, pois pode causar algum disturbio mental nas mesmas.

A espera de um MILAGRE. Durante muito tempo as pessoas estavam à espera de um anjo agitar as águas (como no tanque de Síloe) para milhares de desesperados, desesperançados e fadigados poderia conseguir um milagre. Mas Deus na sua infinita misericórdia através de Jesus Cristo levantou este lugar um anjo. E através dele leva ao altar transborde águas vivas que encharcam a todos os que estão aqui. Mesmo com o programa na TV. Definitivamente "A mão de Deus está presente nesse lugar "....

Depois as pessoas pensam que a gente tem pré-conceito. Leia três vezes o texto acima e depois prometa que voltará a ler a Bíblia pelos menos três vezes por semana.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

OS FALSOS PREGADORES JÁ ESTÃO ENTRE NÓS.

Pr. Franklin Dávila

Pregando na cidade, na televisão, no jornal, no rádio, nos templos...

Jesus anunciou sobre uma expressiva presença de falsos profetas nos últimos dias.
Quem são os falsos profetas? São os falsos pregadores da Palavra de Deus. Eles sempre estiveram presentes no mundo, porém, antes da volta do Senhor Jesus, serão em grande número.
Portanto, urge que o filho de Deus tenha ouvido de discernimento capaz de identificar o falso pregador e cuidar para não segui-lo.
Por que é necessário que se tenha esse cuidado?
a. Porque estamos vivendo os últimos dias;
b . Porque eles estão em todos os lugares
c. Porque Jesus ordenou que nos acautelássemos quanto a eles.
A Bíblia diz: “Eis que eu sou contra esses profetas, diz o SENHOR, que pregam a sua própria palavra e afirmam: Ele disse.” Jeremias 23:31. Os falsos pregadores falam o que o Senhor não diz: “dizem continuamente ...: O SENHOR disse: Paz tereis; e a qualquer que anda segundo a dureza do seu coração dizem: Não virá mal sobre vós”. Jeremias 23.17.
Os falsos pregadores são identificados como:
Levianos e traiçoeiros. “Os seus profetas (pregadores) são levianos ( irresponsáveis), homens pérfidos” (traidor, desonesto, falso, vil) Sofonias 3.4
Cobiçosos. “...e os seus profetas (pregadores) adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao SENHOR, dizendo: Não está o SENHOR no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá.” Miquéias 3.11.
Imorais e profanos. “Nos profetas de Samaria bem vi eu loucura; profetizavam da parte de Baal e faziam errar o meu povo de Israel. Mas nos pregadores de Jerusalém vejo coisa horrenda; cometem adultérios, andam com falsidade e fortalecem as mãos dos malfeitores...; todos eles se tornaram para mim como Sodoma...”. Jeremias 23.13,14
Influenciados pelos demônios “Então, saiu um espírito, e se apresentou diante do SENHOR, e disse: Eu o enganarei. Perguntou-lhe o SENHOR: Com quê? Respondeu ele: Sairei e serei espírito mentiroso na boca de todos os seus profetas. Disse o SENHOR: Tu o enganarás e ainda prevalecerás; sai e faze-o assim”. I Reis 22.21,22.
Os falsos pregadores colocam camufladamente no meio de suas pregações mentiras em nome do Senhor. Jer 14.14 “Disse-me o SENHOR: Os profetas pregam mentiras em meu nome, nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, adivinhação, vaidade e o engano do seu íntimo são o que eles vos profetizam”.
Os falsos pregadores falam das visões e imaginações de sua mente e não expõem com fidelidade o que está escrito na Palavra de Deus. – “assim diz o SENHOR dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam e vos enchem de vãs esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do SENHOR. Até quando sucederá isso no coração dos profetas que proclamam mentiras, que proclamam só o engano do próprio coração?” Jeremias 23.16,26.
O pregador da Palavra não deve pregar os seus sonhos como se palavras de Deus fossem. “O profeta que tem sonho conte-o como apenas sonho; mas aquele em quem está a minha palavra fale a minha palavra com verdade”. “Eis que eu sou contra os que pregam sonhos mentirosos, diz o SENHOR, e os contam, e com as suas mentiras e leviandades fazem errar o meu povo; pois eu não os enviei, nem lhes dei ordem; e também proveito nenhum trouxeram a este povo, diz o SENHOR”. Jeremias 23.28,32
Ele retira a doutrina de Cristo de suas pregações e leva o povo a esquecer de Cristo, distraindo-o com palavras vãs e superstições. Jeremias 23.27 “...cuidam em fazer que o meu povo se esqueça do meu nome pelos seus sonhos que cada um conta ao seu companheiro, assim como seus pais se esqueceram do meu nome, por causa de Baal”.
O falso pregador leva os seus ouvintes ao erro e procura extorqui-los. “assim diz o SENHOR acerca dos profetas que fazem errar o meu povo e que clamam: Paz, quando têm o que mastigar, mas apregoam guerra santa contra aqueles que nada lhes metem na boca” Miquéias 3.5.
O falso pregador oprime psicologicamente o povo para explorá-lo. Ezequiel 22.25 “...seus profetas são como um leão que ruge, que arrebata a presa, assim eles devoram as almas; tesouros e coisas preciosas tomam...”.
Não seja incrédulo! O coração incrédulo dá crédito ao falso pregador. Saiba que você não ficará sem punição. Jeremias 5.31 “os profetas pregam falsamente...e é o que deseja o meu povo. Porém que fareis quando estas coisas chegarem ao seu fim?
Os falsos pregadores são rebeldes e serão julgados por Deus por pregarem rebeldia ao Senhor. Jeremias 28.16,17 “... Eis que te lançarei de sobre a face da terra; morrerás este ano, porque pregaste rebeldia contra o SENHOR. Morreu, pois, o profeta Hananias, no mesmo ano, no sétimo mês”
Jeremias 14.15 “portanto, assim diz o SENHOR acerca dos profetas que, profetizando em meu nome, sem que eu os tenha mandado, dizem que nem espada, nem fome haverá nesta terra: À espada e à fome serão consumidos esses pregadores”.
O objetivo dos falsos pregadores, como ministros de Satanás, é induzir o povo ao erro das heresias para levá-los à apostasia. “Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição” (2 Pedro 2.1)
Atenção! Esse tipo de pregador já está no mundo. Por serem em grande número será cada vez mais difícil encontrar pregadores da Verdade.
Portanto:
Se você estiver freqüentando uma Congregação cujo pregador não expõe com inteireza a Palavra de Deus; se você estiver numa Congregação onde não se prega a Cristo como o centro da Revelação de Deus; se você estiver numa Congregação onde o Cristo Deus não é pregado; se você estiver assistindo numa Congregação onde a Soberania de Deus estiver sendo substituída pela vontade humana; se você faz parte de uma Congregação que não tem a Bíblia Sagrada como suficiente, atenda ao que diz o Senhor da Igreja: “...sai dela povo meu...” e clame para que ele o conduza a um aprisco (Congregação) que glorifica a Deus e exalta a Cristo por sua obra redentora.
O filho de Deus tem o dever de identificar o falso pregador e previnir-se contra ele. Cuidado! Eles são ardilosos e agem dissimuladamente. Eles têm aparência de santidade, mas renegam ao Senhor da Verdade. Eles são falsos e não verdadeiros. Parecem pregadores verdadeiros, mas estão a serviço do pai da mentira – o diabo.
O falso pregador está a serviço de si próprio, do diabo e dos incrédulos. De si próprio, porque ele quer satisfazer seus próprios interesses temporais e carnais; do diabo, porque ele quer privar os homens de ouvirem a Palavra de Deus; dos incrédulos, porque querem ter a alma e a consciência massageadas pelas dores causadas pelos seus próprios pecados!
O falso pregador procura satisfazer a muita gente que não está interessada em obedecer ao Senhor, nem na salvação de sua alma e na alma do próximo, apenas quer ser distraída com fatos “sobrenaturais” e com promessas que satisfazem a interesses próprios.
Mas o Senhor julga essa atitude do coração e pune esses falsos ouvintes mandando a operação do erro. “Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça”. 2 Tessalonicenses 2.9,10,11,12
Deus tem permitido que o falso pregador continue a falar para provar o coração dos homens. Mas ele mesmo exorta: “não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador; porquanto o SENHOR, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o SENHOR, vosso Deus, de todo o vosso coração e de toda a vossa alma.” Deuteronômio 13.3 Atenção!

Não pense que Deus julgará e punirá apenas o falso pregador (profeta), julgará também os que acreditam na palavra deles: “Ambos levarão sobre si a sua iniqüidade; a iniqüidade daquele que consulta será como a do profeta” Ez 14:10
“e tu, Pasur, e todos os moradores da tua casa ireis para o cativeiro; irás à Babilônia, onde morrerás e serás sepultado, tu e todos os teus amigos, aos quais pregaste falsamente”. Jeremias 20.6.

Você também é responsável!

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Idolatria Evangélica

Prof. João Flávio Martinez

A confiança em amuletos!Acreditamos que a fé das pessoas deve e tem que ser estimulada. Infelizmente, vemos que nessa tentativa certas igrejas estão usando um sistema não ensinado pela Bíblia. Sistema este cuja base é a troca da fé genuína, pela fé no visível e palpável. Nós, que somos protestantes, somos conhecidos por crer no Deus invisível e não aceitar o palpável (Jo.20:29). Como aceitar essa doutrina dos amuletos imposta por algumas denominações evangélicas? Cornetas, espadas, sal grosso, arruda, rosa, enxofre e muito mais. Isso tudo é inaceitável, visto não ter bases bíblicas e nunca ter sido praticado pela Igreja primitiva. Devemos ter em mente o nosso verdadeiro alvo, a fé viva em Cristo Jesus, invisível, mas real (ITm.1:17)."...fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé..."(Hb.12:2).Esse desvio de alvo tornou-se tão sério que as pessoas dessas igrejas precisam quase sempre de um objeto para que sua fé funcione. Certo dia eu encontrei um irmão, amigo meu, que congregava em uma dessas igrejas. Nesse nosso encontro ele mostrou-me uma corneta e tocou bem forte. Após isso me perguntou: "Você sentiu?" -"Senti o que?" -"O poder" - disse ele. Demonstrei na minha fisionomia que não havia entendido nada e então ele explicou-me: "É uma corneta ungida e o Bispo nos disse que tem poder, poder tão forte que expulsa até demônios." Chocado eu lhe expliquei que só no nome de Jesus havia poder para tal (Mc.16:17) e que eu não sabia que a igreja dele estava dando aquilo para seus membros. Ele, um tanto chateado, disse: "Dando não, eu paguei cem reais!". Depois desse diálogo, disse até logo e fui embora. Relatei esse fato para mostrar que se não for feito nada a coisa não vai ficar boa. Uma vez ou outra nos deparamos com estes amuletos dependurados nas casas de certos cristãos. Isso é lamentável!Em outra ocasião fui chamado com urgência para expulsar um demônio na casa de uma irmã. Ao chegar contemplei sua nora terrivelmente endemoninhada, mas o que mais me chocou não foi o estado de possessão em que se encontrava a moça e sim ao ver a irmã fazendo um exorcismo com um amuleto na mão. O amuleto era o chaveiro da denominação que ela freqüentava. Quando a indaguei sobre o que fazia, a mulher disse-me que o chaveiro era ungido e que o pastor tinha lhe dito que aquilo era poderoso até para expulsar demônio. Mostrei-lhe como era o certo e a aconselhei a jogar fora aquela "idolatria Evangélica".O Senhor JESUS nos deu autoridade para expulsar o mal em seu nome, e não usar de amuletos e artimanhas. Não nos esquecendo que estes amuletos não são de graça, custam caro e usurpam a glória de Deus.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

NOVAS HERESIAS NA IGREJA CRISTÃ

Pr. Antonio Pereira da Costa

TEXTO: 2 Timóteo 4.1-8


Preciso fazer cinco observações neste estudo: (1) Vamos identificar, com temor e tremor, algumas distorções doutrinárias presentes em algumas igrejas, ditas, evangélicas. (2) Isso não nos fazem melhor ou pior do que ninguém, mas nos serve de alerta para buscarmos uma espiritualidade verdadeira que glorifique a Deus. (3) Mostrar uma base bíblica segura para que o cristão de hoje não seja enganado pelos novos ventos de doutrina. (4) Apesar das distorções, a Igreja é do Senhor Jesus Cristo e Ele, no momento certo, apartará os bodes das ovelhas. (5) Nós somos advertidos pelo Senhor que devemos batalhar pela fé, que de uma vez por todas foi entregue aos santos (Jd 3). Ou seja, a Apologia é necessária e Deus vai nos cobrar se não a exercitamos.
Paulo sempre se identificou com a questão doutrinária mesmo no final de seu ministério. Essa foi a sua preocupação até na hora da morte. Não é nenhuma novidade que apareçam divulgadores de heresias no seio da igreja isso sempre existiu e existirá. Vejamos algumas do nosso século.
I – QUESTÕES DA HINOLOGIA
Gosto muito do nosso hinário, ele tem hinos maravilhosos e bíblicos. Mas, até nosso hinário não escapa. O que significa: “Quero estar ao pé da cruz?” (Salmos e Hinos Nº 362). “Hei de ver, sim hei de vê-lo lá na cruz revelando-me um sinal”? (SH Nº 566). Não temos base bíblica alguma para isso.Comercialização do louvor.
Uma cantora famosa que cobrara "X" para cantar numa igreja, no entanto, a clausula contratual, afirmava claramente que se a igreja desejasse que ela cantasse canções do seu novo CD, o preço seria "Y". Tem gente, cobrando 5, 6 até 10 mil Reais por "ministração"! A situação anda tão deprimente que já existe fã-clube de artista gospel.
Vejam a que ponto chegamos:
Bonde do Ungidão
Quer mudar, quer mudar, Ungidão vai te ensinar
Eu vou passar óleo na mão, Vou sim meu irmão
Vou ungi você varão, Vou sim, vou sim
Orando de hora em hora, Vou sim ,vou sim
Conquistar sua vitória, Agora, agora
Eu vou passar óleo na mão Vou mostrar que o ungidão
O senhor é Jesus Cristo
Então desperta, desperta, É o Bonde do Ungidão
Segure a Bíblia e levante a mão, É o bonde do ungidão
Quer mudar quer mudar, Ungidão vai te ensinar
Só as varoas / hú,hú,hú,hú,hú
Abençoadas / hú,hú,hú,hú,hú,hú
Varões de guerra / hú,hú,hú,hú,hú,hú
A igreja toda / hú,hú,hú,hú,hú,hú
VEJA QUE DIFERENÇA DA MÚSICA ABAIXO:
O EVANGELHO
Grupo LogosComposição: Paulo Cezar
Eu sinto verdadeiro espanto no meu coração
Em constatar que o evangelho já mudou.
Quem ontem era servo agora acha-se Senhor
E diz a Deus como Ele tem que ser...
Mas o verdadeiro evangelho exalta a Deus
Ele é tão claro como a água que eu bebi
E não se negocia sua essência e poder
Se camuflado a excelência perderá!
Refrão
O evangelho é que desvenda os nossos olhos
E desamarra todo nó que já se fez
Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.
O evangelho mostra o homem morto em seu pecar
Sem condições de levantar-se por si só...
A menos que, Jesus que é justo, o arranque de onde está
E o justifique, e o apresente ao Pai.
Mostra ainda a justiça de um Deus
Que é bem maior que qualquer força ou ficção
Que não seria injusto se me deixasse perecer
Mas soberano em graça me escolheu
É por isso que não posso me esquecer
Sendo seu servo, não Lhe digo o que fazer
Determinando ou marcando hora para acontecer
O que Sua vontade mostrará.
II – BOBAGENS OLEOGINOSAS
Certo pastor pregou: “Irmãos e irmãs, Deus me deu uma visão. Preciso que vocês me ajudem a cumpri-la. Deus mandou que eu alugasse um helicóptero, colocasse um tonel de óleo dentro e ungisse a cidade do Rio de Janeiro”. Pensava ele que a prostituição, o roubo e a corrupção diminuiria. Nada aconteceu. O pecado continuou a se multiplicar.
III – ATOS PROFÉTICOS E COBERTURA APOSTÓLICA
Significa declarar profeticamente que os demônios serão amarrados, desbaratados etc. Muitos cristãos não podem fazer nada sem antes contar para o seu apóstolo. Até os mínimos detalhes. Determinada pastora pregou num culto que tinha que esfaquear um caixão com pedaços de papéis contendo os pecados dos crentes e dizer que aquilo era um ato profético e a partir dali Deus reverteria a sorte do Brasil.
Isso não passa de mais um modismo! Esses atos proféticos estão baseados na crença de que o cristão faz ou diz, tem repercussão no mundo espiritual. Alguns chegam a blasfemar ensinado que assim como Deus, pela sua palavra falada, trouxe todas a coisas a existência, da mesma maneira, nós como sua imagem, podemos trazer coisas à existência pelo poder da palavra falada. Esse ensino é uma blasfêmia idolátrica, que procura assemelhar o homem a Deus. Esses atos proféticos normalmente tem como objetivo, “conquistar” cidades ou nações para o Reino de Deus. A palavra de Deus nos ensina a ganhar almas para o Reino de Deus através da pregação do evangelho de Jesus Cristo, e não através de “declarações de posse” ou de “orações reivindicatórias”.
Líderes de diversas comunidades ligadas ao G12 e ao apostolado contemporâneo, estão planejando uma série de “atos proféticos” para a redenção do Brasil até 2007, o ano anunciado por Valnice Milhomens para o retorno de Cristo. O primeiro desses atos foi feito na Igreja Batista da Lagoinha em Belo Horizonte e o ultimo está marcado para ser em Porto Alegre. Sinomar Ferreira falando sobre esses atos proféticos declarou: “Os atos proféticos são extremamente importantes, por que aquilo que é feito aqui na terra tem repercussão no céu”. Isso mostra o caráter herético de tais atos, pois insinua que podemos manipular o mundo espiritual. Crença parecida com as dos Bruxos da Nova Era que acreditam poder manipular as forças da natureza através de palavras mágicas e encantamentos. [Vide o livro "A Sedução do Cristianismo" de Dave Hunt]
Que Pastores, lideres e membros de Igrejas, estejam vigilantes, para que ventos de doutrinas não invadam suas comunidades eclesiais, causando divisão e confusão em seu meio. Um dos integrantes de uma banda gospel, vinculada a uma comunidade que pratica o G12, disse que quem não confessar seus pecados aos seus pastores ou lideres, para que eles liberassem a “benção do perdão”, sofreriam ações diabólicas.
IV – ORAÇÃO CONTRÁRIA
Tal doutrina, parte do pressuposto que o cristão em nome de Deus tem o poder de amaldiçoar outras pessoas através da oração positiva e determinante. Tal ensinamento afirma categoricamente que aqueles que agem desta maneira, podem rogar ao Senhor da glória o aparecimento de desgraças e frustrações na vida de seus desafetos, determinando assim a desventura alheia.
Basta o chefe no trabalho ser um pouco mais chato pra se orar contra ele, basta o vizinho criar um problema com alguém da sua família, para que se escreva o nome dele na “boca gospel do sapo”.
Infelizmente a igreja evangélica mergulha em alta velocidade no buraco da sincretização, deixando pra traz valores, virtudes e princípios onde a afetividade e o amor deveriam ser marcas indeléveis de uma comunidade que conhece a Cristo.
V – A FALÁCIA DA GUERRA ESPIRITUAL
Existe uma guerra espiritual que nós enfrentamos a cada dia, mas não no sentido de que as pessoas estão pregando hoje. Algumas manias podem ser identificadas nos dais de hoje:
CARTOGRAFIA ESPÍRITUAL
Alguns pregam que determinados locais ou até mesmo uma cidade inteira está no controle do Diabo. Temos que fazer uma cartografia espiritual e que basta-nos quebrar as correntes e a cidade será liberta. Decretar, reivindicar o que o Diabo roubou de nós, profetizar sobre a cidade, declarar: “esta cidade é do Senhor Jesus”. Ou coisa desse tipo.
Se a igreja não souber reivindicar o que pertence ao Senhor, o Diabo continuará com direitos legais sobre vidas, espalhando miséria.
Certo pastor há muitos anos aprendera que tanto os leões como os lobos urinam para demarcar o seu território e impedir a invasão de outros machos. Ele precisava fazer o mesmo, como legítimo representante de Jesus – o Leão da Tribo de Judá. Naquela semana, convocou seus parceiros de ministério para saírem pela madrugada urinando em pontos estratégicos da cidade. Gastaram algumas horas na empreitada. O comboio de carros percorreu vários quilômetros com muitas paradas. Beberam litros e litros d’água; precisavam de muita urina para uma cidade tão grande.
Disse Valnice: “Em dezembro de 1992, depois de 21 dias de jejum pela redenção do Brasil, em São José dos Campos, Deus nos deu uma palavra para eu e minha equipe profetizarmos sobre a nação. Esta palavra está no livro do profeta Joel. Começamos a profetizar isto desde então, com um jejum de sete anos ininterruptos, com intercessores por todo país”.
OPERAÇÃO INVISÍVEL
Traz-se uma maca para o culto e fazem-se operações invisíveis nas pessoas. Ninguém vê, só o “profeta de Deus”. Isso não passa de espiritismo evangélico.
DESARMAMENTO DE BOMBAS
Faz-se o desarmamento de bombas acopladas em partes do crente. O auditório fica na expectativa de não explodir e só o profeta é quem vê tal bomba e pode desarmá-la.
MAPEAMENTO ESPIRITUAL
Procurar saber onde o demônio está alojado. Se no braço, na perna, no nariz, ou em qualquer parte do corpo, para poder expulsá-lo. Algumas vezes ele é expulso de uma parte e vai para outros, por isso é preciso discernimento espiritual.
CULTO DA BARRIGA
Dois crentes correm no culto em direção um ao outro e batem a barriga, depois caem e ficam prostrados no “transe espiritual”.
A UNÇÃO DO PATRÃO
Deus te quer por cabeça e não por cauda. Certo pastor pregou: “Quem quer tomar o lugar do chefe?”. E aos empregados foi prometido que seriam chefes.
DIVERSAS UNÇÕES
Unção das partes íntimas das mulheres para que os homens não as cobicem. Unção de ousadia, unção de conquista, unção de justificação.
UNÇÃO DOS QUATRO SERES:
Baseando-se em Ap.4:6-8 que descreve quatro seres viventes, um semelhante ao leão, outro semelhante a águia, outro semelhante ao novilho e outro semelhante ao homem, alguns ministérios estão tolerando e incentivando que pessoas em estados alterados de consciência imitem os seres descritos. Um ruge como leão, outro bate os braços como se fosse uma águia, outro imita um novilho, e o que supostamente teria a "unção do homem" começa a chorar.
REFUTAÇÃO:
Deus não depende das palavras dos homens para agir. Deus é e sempre será Soberano. Soberania é o atributo pelo qual Deus possui completa autoridade sobre todas as coisas criadas, determinando-lhe o fim que desejar (Gn 14.19; Ne 9.6; Ex 18.11; Dt 10.14-17; 1Cr 29.11; 2Cr 20.6; Jr 27.5; At 17.24-26; Jd 4; Sl 22.28; 47.2,3,8; 50.10-12; 95.3-5; 135.5; 145.11-13; Ap 19.6).
Já imaginou um Deus que depende do homem para agir? Com certeza Ele entraria em enrascada se estivesse sujeito às oscilações da vontade humana. Eu mesmo não queria um Deus desse tipo. Prefiro o Deus da Bíblia que “tudo faz como lhe apraz”. (Sl 115.3).
O QUE A BÍBLIA NOS ENSINA?
1. Que a igreja não é do homem, mas é propriedade exclusiva de Deus. O Novo Testamento se refere sempre à igreja como “igreja de Deus”. (2Co 1.1; Gl 1.13; 1Tm 3.5)
2. Que a igreja já tem uma ordem e decências estabelecidas pela Bíblia. Que o Novo Testamento foi escrito para que os líderes fiéis soubessem como proceder na igreja do Deus vivo. “Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade”. (1Tm 3.15).
3. Que Deus não terá por inocente os servos maus e negligentes que transformam a sua igreja num covil de malfeitores e politiqueiros carnais. (Mt 24.48-51; 25:26, 30).
4. Que os maus líderes que dividem e dilaceram a igreja do Senhor por motivos pessoais e carnais, não escaparão do juízo divino que os destruirá, bem como a seus comparsas e cúmplices. “Mas vós, amados, lembrai-vos das palavras que vos foram preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo; Os quais vos diziam que nos últimos tempos haveria escarnecedores que andariam segundo as suas ímpias concupiscências. Estes são os que causam divisões, sensuais, que não têm o Espírito”. (Judas 17-19)
5. Que a politicagem carnal e mundana é apropriada ao mundo e nunca jamais à igreja do Senhor, e os que dela participam estão entre os carnais inveterados nas obras da carne que não terão parte no Reino dos Céus. (Gl 5.19-21)
6. Que aqueles que destruírem o santuário de Deus, Deus os destruirá. (1Co 3.17)
7. Que os sinais externos não nos garantem que Deus esteja aprovando e que os homens são de fato de Deus (Mt 7.15-23).
Que fazer, então? - As Escrituras verdadeiramente afirmam a existência e a realidade das forças espirituais do mal. O ponto central é que, na cruz, Cristo ganhou a batalha contra as hostes espirituais do mal, contra Satanás. Cristo já desfechou o golpe final, não há retorno para Satanás. Em Colossenses 2.14-15 Paulo diz: “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz”. Todas as armas da cidade vencida eram levadas. A cidade era desarmada para que não houvesse outra rebelião. Essa figura é bastante conhecida - “o triunfo romano”; um general, voltando vitorioso para sua cidade, entrava em triunfo com os prisioneiros amarrados atrás dele. E aí as mulheres, as crianças e os velhos jogavam terra, tomate, nos derrotados. Eles eram expostos ao desprezo.
O apóstolo Paulo deliberadamente está dizendo que, na cruz, Cristo desarmou os principados e potestades; é a mesma expressão de “principados e potestades” que aparece em Efésios 6. Desarmou, despojou, tirou tudo em que eles confiavam. O inimigo foi deixado despido, nu, sem nada e exposto ao desprezo. Na cruz do Calvário Cristo triunfou deles. A Escritura afirma isso de forma indiscutível. Em João 12.31-33 Jesus diz aos discípulos: “Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso. E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo. Isto dizia, significando de que gênero de morte estava para morrer”. Nessa passagem, o Senhor Jesus Cristo está dizendo que na Sua morte o príncipe desse mundo seria expulso. Em resumo, Ele está dizendo a mesma coisa que Paulo, em Colossenses 2.14,15; e que Moisés escreveu em Gênesis 3.15. As expressões “esmagar a cabeça”, “desarmar”, e “expulsar o príncipe desse mundo” referem-se, todas elas, a Satanás.
A Igreja deve tomar duas linhas: Em primeiro lugar, precisamos estar conscientes de que estamos envolvidos numa guerra espiritual. As pessoas que estão lá fora, no mundo, estão debaixo do poder deles e a Igreja tem que ter consciência disso. Em segundo lugar, a Igreja deve fincar os pés na Escritura e fazer da Escritura o seu manual prático. Aquilo que não puder ser provado pela Escritura, ou deduzido de uma forma legítima da Escritura, deve ser rejeitado e colocado fora da nossa vida, da nossa Igreja e da nossa prática de ministério. “Augustus Nicodemus Lopes”.
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