segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A CONFIANÇA EM AMULETOS!

Prof. João Flávio Martinez
Acreditamos que a fé das pessoas deve e tem que ser estimulada. Infelizmente, vemos que nessa tentativa certas igrejas estão usando um sistema não ensinado pela Bíblia. Sistema este cuja base é a troca da fé genuína, pela fé no visível e palpável. Nós, que somos protestantes, somos conhecidos por crer no Deus invisível e não aceitar o palpável (Jo 20.29). Como aceitar essa doutrina dos amuletos imposta por algumas denominações evangélicas? Cornetas, espadas, sal grosso, arruda, rosa, enxofre e muito mais. Isso tudo é inaceitável, visto não ter bases bíblicas e nunca ter sido praticado pela Igreja primitiva. Devemos ter em mente o nosso verdadeiro alvo, a fé viva em Deus, invisível, mas real (I Tm 1.17).
"...fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé..." (Hb 12.2).
Esse desvio de alvo tornou-se tão sério que as pessoas dessas igrejas precisam quase sempre de um objeto para que sua fé funcione.
Certo dia eu encontrei um irmão, amigo meu, que congregava em uma dessas igrejas. Nesse nosso encontro ele mostrou-me uma corneta e tocou bem forte. Após isso me perguntou:
- "Você sentiu?"
-"Senti o que?"
-"O poder", disse ele.
Demonstrei na minha fisionomia que não havia entendido nada e então ele explicou-me:
- "É uma corneta ungida e o Bispo nos disse que tem poder, poder tão forte que expulsa até demônios."
Chocado eu lhe expliquei que só no nome de Jesus havia poder para tal (Mc 16.17) e que eu não sabia que a igreja dele estava dando aquilo para seus membros. Ele, um tanto chateado, disse-me:
- "Dando não, eu paguei cem reais!".
Depois desse diálogo, disse até logo e fui embora. Relatei esse fato para mostrar que se não for feito nada a coisa não vai ficar boa.
Uma vez ou outra nos deparamos com estes amuletos dependurados nas casas de certos cristãos. Isso é lamentável!
Em outra ocasião fui chamado com urgência para acudir certa pessoa com problema de possessão - era a nora de uma irmã que freqüentava uma dessas igrejas. Ao chegar contemplei sua nora terrivelmente endemoninhada, mas o que mais me chocou não foi o estado de possessão em que se encontrava a moça e sim ao ver a irmã fazendo um exorcismo com um amuleto na mão. O amuleto era o chaveiro da denominação que ela freqüentava. Quando a indaguei sobre o que fazia, a mulher disse-me que o chaveiro era ungido e que o pastor tinha lhe dito que aquilo era poderoso até para expulsar demônio. Mostrei-lhe como era o certo e a aconselhei a jogar fora aquela "idolatria Evangélica".
O Senhor JESUS nos deu autoridade para expulsar o mal em seu nome, e não usar de amuletos e artimanhas. Não nos esquecendo que estes amuletos não são de graça, custam muito dinheiro e usurpam a glória de Deus.

A UNÇÃO DAS GALINHAS

Extraído do Site: Ministério CACP
Você já deve ter ouvido “testemunhos” para lá de estranhos, como um que, há algum tempo, virou motivo de zombaria na Internet, pelo qual certo pregador afirma que galinhas, em um galinheiro, teriam sido “batizadas com o Espírito Santo”. Uma delas, inclusive, teria falado em línguas angelicais, sendo interpretada por um galo! Confira - Escute o testemunho - clique aqui
Eu não publico este artigo para zombar de quem afirma isso, pois o meu objetivo não é expor pessoas, e sim orientar o povo de Deus. Mas é óbvio que esse “testemunho” é antibíblico e blasfemo.
Muitos têm argumentado: “Deus não usou a boca de uma jumenta? Por que não pode usar galinhas? Não podemos pôr Deus dentro de uma caixinha”. Oh, sim, porém, nas circunstâncias que envolviam o mercenário Balaão, não havia ninguém, de fato, para ser usado por Deus. Foi uma exceção à regra. Não vemos depois daquele episódio Deus usando outros animais para transmitir mensagens com voz humana. Ah, e não nos esqueçamos de que o Diabo também usou a boca de uma serpente, no primeiro caso em que um animal falou (Gn 3.1).
Deixando um pouco de lado o assunto do galinheiro, muitos irmãos me perguntam se Deus usou mesmo a boca de uma jumenta. É claro que sim, mas não como se ela fosse um profeta de Deus, que diz “Assim diz o Senhor”. Sabemos que jumentas não falam; não raciocinam como homens, pois não foram dotadas da mesma capacidade humana para falar. Como teria aquela jumenta raciocinado e repreendido o profeta, que a espancava?
Foi Deus mesmo quem abriu a boca da jumenta. E foi somente depois de Balaão ter reconhecido o seu erro, ao ouvir as palavras do animal, que Deus abriu os seus olhos! “Que te fiz eu, que me espancaste estas três vezes? (...) Porventura, não sou a tua jumenta, em que cavalgaste desde o tempo que eu fui tua até hoje? Costumei eu alguma vez fazer assim contigo? E ele respondeu: Não. Então, o Senhor abriu os olhos a Balaão...” (Nm 22.28-31). O profeta só viu o anjo depois de ter ouvido a repreensão da jumenta!
É, pois, um equívoco pensar que Deus apenas abriu a boca do animal, que, por conta própria, raciocinou, articulou bem as sílabas e impediu a loucura do profeta! Deus abriu a boca da jumenta e lhe deu palavras inteligíveis, como se fosse uma pessoa falando, a fim de repreender Balaão (II Pe 2.16). Isso foi um milagre, uma ação divina sobrenatural! Não houve mensagem profética, do tipo “Assim diz o Senhor”, mas, quanto ao fato de Deus ter usado a jumenta, não há dúvidas.Bem, voltando ao episódio da galinha que teria falado em línguas angelicais, sendo interpretada por um galo, em um galinheiro repleto de aves “batizadas com o Espírito Santo”, afirmo que, como servos do Senhor, não devemos interpretar a Bíblia à luz das nossas experiências, e sim estas à luz da Palavra de Deus. Esse “testemunho“ é aberrante, antibíblico e blasfemo.
Não há nenhum caso similar no Novo Testamento. Mas os defensores de "testemunhos" como esse recorrem a passagens bíblicas isoladas, fora do contexto, dizendo ter a "unção da loucura de Deus", fazendo uma interpretação forçada de I Coríntios 1.25, que não menciona a loucura de Deus de modo literal. Ali a ênfase recai sobre a grandeza da sabedoria de Deus em comparação com a limitada sabedoria humana (cf. I Co 2.1-10). Tanto que o versículo menciona também a "fraqueza de Deus". Por que os milagreiros da atualidade não pregam sobre a "unção da fraqueza de Deus"?
Outra passagem preferida dos milagreiros é João 14.12. Fenômenos para lá de exóticos ocorrem, gerando confusão, todos acompanhados de heresias verbalizadas. Isso sem falar do fato de que os tais milagreiros verberam contra veteranos homens de Deus, chamando-os de "velharada". No entanto, quando estudamos, à luz da língua original, a expressão "coisas maiores", vemos que Jesus enfatizou quantidade, e não qualidade das obras. As "obras maiores" que a igreja deve fazer hoje são as mesmas mencionadas em Marcos 16.15-20, e não sinais exóticos, estranhos, esquisitos, que só geram confusão e divisão.
Nos cultos da igreja de Beréia, os crentes recebiam de bom grado as pregações, mas as examinavam à luz das Escrituras (At 17.11). Imagine se um pregador, naqueles dias, dissesse que Jesus batiza galinhas com o Espírito Santo! Com certeza, considerariam tal afirmação blasfema, haja vista distorcer o propósito do revestimento de poder, dado exclusivamente às pessoas salvas, obedientes ao Senhor (At 2.39,38; 5.32).
Fica para nós uma lição: qualquer experiência, por mais extraordinária e “fenomenal” que seja, se não tiver apoio claro e inquestionável da Palavra de Deus ou gerar confusão doutrinária, deve ser rejeitada. Não é por acaso que as Escrituras nos mandam provar se os espíritos são de Deus (I Jo 4.1). Afinal, quem é espiritual discerne, julga, prova bem tudo (I Co 2.15).
Fontes:Ciro Sanches Zibordi
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