quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Universidade Mackenzie: Em Defesa da Liberdade de Expressão Religiosa

Blog Fiel

A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência. Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.

Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).

Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.

Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Crente "Lady Kate": "Tô Pagano!"

Carlos Moreira

A Revolução Francesa foi sem dúvida um dos eventos mais significativos do mundo ocidental e da sociedade moderna. A França do século XVIII era um país marcado por profundas injustiças sociais. O arcabouço histórico da revolta se construiu em meio a um regime político absolutista, onde a camada inferior da população, formada por trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial, era obrigada a pagar pesados impostos para manter o luxo das classes privilegiadas.

No topo daquela pirâmide estava o clero que, dentre outras prerrogativas, não pagava impostos. Abaixo dele estava à nobreza, formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres. O rei era absoluto; controlava a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Qualquer tipo de oposição era punida duramente, pois o "contraventor", além de ser enviado a prisão da Bastilha, era, em seguida, guilhotinado.

A insatisfação com aquela situação chegou ao limite em 1789. Vivendo em extrema miséria, a população saiu às ruas com o objetivo de tomar o poder. Avançaram primeiramente para derrubar a Bastilha e, em seguida, invadiram os palácios e as terras da nobreza em busca de tomar o controle do país. Muitos conseguiram escapar, mas a família real foi capturada, e o rei Luis XVI, juntamente com sua esposa Maria Antonieta, foi julgado e guilhotinado em 1793. Nem o clero foi poupado, pois os bens da igreja foram todos confiscados.

Os contornos estruturais que marcaram o desencadeamento da Revolução Francesa são muito parecidos com a situação da Igreja em nossos dias. Como bem disse o sábio do Eclesiastes, as gerações mudam, mas o “espírito” humano permanece o mesmo. Olho para o que está aí e surpreendo-me com tamanha semelhança. Os fatos são arquetípicos além de fenomenológicos.

Se não, vejamos: o que temos em nossos dias que não uma elite espiritual privilegiada, supostamente dotada de pedigree sacerdotal, vivendo no luxo e na benesse, com seus “líderes” – não seria melhor dizer gestores? – e seus cantores – não seria melhor dizer atores? – refestelados em mansões, andando com carros de grife importada, voando em jatinhos e helicópteros, vestindo ternos italianos e comendo das “iguarias da corte”, enquanto a grande massa da população vive na pobreza ou na miséria?

O que temos hoje senão o tráfico de influência religiosa, o conluio político para a concessão de rádios e canais de TV que, supostamente, divulgam o “reino” de Deus, mas que, na prática, apenas aumentam o poder e a riqueza do “reino dos homens”? O que temos hoje senão a prática de se efetuar barganhas com o sagrado operacionalizadas através da cobrança perversa de “impostos celestes” que têm como único alvo o espólio desmedido de gente incauta e desesperada?

Posso continuar? O que temos hoje senão a pregação fraudulenta de doutrinas bíblicas aberrantemente distorcidas, aplicadas de forma maliciosa, com vistas a estimular a crença em promessas absurdas que, supostamente, trarão a solução para problemas financeiros, conjugais, físicos, espirituais e de toda e qualquer outra sorte? O que temos hoje senão a alienação da consciência, o esvaziamento dos valores éticos, o anestesiamento dos “sentidos” do coração e tudo em favor da catarse cultual, da serialização da “vida” e da commoditização da doutrina?

Vou lhe dizer o que penso. O que temos hoje é a anatomia de uma tragédia anunciada se desenhando silenciosamente debaixo de nossos olhos! O que temos hoje é uma multidão de milhões de pessoas sendo pressionadas, roubadas e enganadas por uma gangue de feiticeiros do sagrado. É gente que, iludida, está em busca de um “Deus performático”, uma divindade que está obrigada a satisfazer as demandas de seus “clientes” a qualquer custo.

Eis o maior dos absurdos: Deus colocado contra a parede tendo que cumprir o que, supostamente, está dito em Sua palavra! O Todo-Poderoso sendo vítima de extorsão para realizar milagres de prateleira: é o problema da falta de emprego, da restauração do casamento falido, do pagamento da dívida do aluguel, da eliminação da ação de despejo, do destravamento do processo judicial, da limpeza do nome no SPC, da libertação do encosto encomendado na macumba, e por aí vai... É tanta bizarrice que eu poderia encher um livro com estas loucuras.

Olho para a cristandade e vejo uma multidão de “crentes Lady Kate”. Você sabe de quem estou falando? Trata-se de uma personagem interpretada pela atriz Katiuscia Canoro no programa humorístico Zorra Total da Rede Globo. Lady Kate é uma aspirante a socialite que vive a todo custo tentando entrar para o High Society. Apesar da origem humilde, Kate herdou a fortuna deixada pelo marido, um senador rico, que, desgraçadamente, "bateu a caçuleta". Enfeitiçada com as novas possibilidades que o dinheiro lhe proporciona, Lady Kate vai em busca do "gramour, causo de que grana ela já tem".

O “crente Lady Kate” é aquele ser que quer por que quer que a vida se transforme num passe de mágica e, para tal, está disposto a pagar o “pedágio religioso” para que “seu milagre” se materialize. Minha questão é bem simples: até onde isso vai? Até quando as pessoas que estão sendo iludidas continuarão pagando esta conta? Sim, porque assim como Lady Kate, que usa o bordão “que que é? Tô pagano”, essa “moçada” também vai querer receber o seu bocado, pois, sem dúvida alguma, eles estão pagando, e pagando muito caro!

Quer saber no que eu acredito: acredito que em muito pouco tempo toda esta farsa vai cair! Acredito que esta multidão de gente espoliada e enganada vai se revoltar, assim como aconteceu na Revolução Francesa, pois eles estarão exaustos de pagar tanto “imposto” travestido de dízimo, e não ver nada acontecer. Estarão fartos de ver “pastores”, “bispos”, “apóstolos”, e outras “divindades” enriquecendo a custa de sua inocência, de seu desespero e, não raro, de suas excentricidades.

Espero firmemente que a farsa termine e que a farra acabe! No que depender de mim, como profeta do Senhor, continuarei a denunciar este estelionato, este anti-Evangelho, esta deformação de fé em Jesus Cristo. Estarei incansavelmente pregando, escrevendo, e fazendo tudo o que estiver ao meu alcance para que este engodo seja, em fim, revelado aos olhos de todos.

Minhas orações estão centradas para que Deus, no zelo que tem por Sua palavra e pelo Seu povo, interfira com justiça e juízo sob tudo o que está sendo feito. Meu desejo é que Ele haja logo, antes que venhamos a experimentar o que hoje acontece na Europa, onde as catedrais viraram boates e o povo nada quer saber sobre Jesus.

Na Revolução Francesa, o destino da família real não poderia ser pior: a guilhotina. Fico pensando que destino espera aqueles que estão profanando a Palavra do Senhor e enganando o povo que foi comprado pelo Sangue do Cordeiro? Não desejo nenhum mal a ninguém, mas se esta moçada for parar no inferno, poderá, usando outro bordão da Lady Kate, fazer a seguinte barganha com o capeta: “que que é ô seu diabo! Descola aí um lugarzinho meior pra nós, causo de que grana nós tem; o que só nos falta-nos é o gramour”. Pois é, se isso acontecesse, sabe o que eu acho que o “tinhoso” responderia: “tá amarrado!”.
Fonte: Genizah

domingo, 31 de outubro de 2010

“ECCLESIA REFORMATA ET SEMPER REFORMANDA EST”

Rev. Simonton

Estamos comemorando hoje dia 31, 493 anos de Reforma Protestante. A Reforma não foi uma inovação, ao contrário, a igreja por tanto inovar, buscar novas formas de culto, nos princípios litúrgicos, na soteriologia, na eclesiologia, na Interpretação Bíblica, na ordenação, estava produzindo o distanciamento do cristianismo bíblico, puro e simples. A apostasia tomou conta da Igreja, e as heresias sucumbiram à verdade das Escrituras Sagradas. A Reforma nada mais é do que retorno.
Retorno à Palavra de Deus - a Bíblia não é apenas uma fonte da revelação de Deus ao homem, mas a única regra de fé e prática (Sola Scriptura). Retorno a Cristo - existe um único mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo. Ele é o único Salvador e Senhor e não há salvação em nenhum outro nome (Solo Christos). Retorno Graça - “pela graça sois salvos”. A graça é um dom imerecido de Deus. Somos escolhidos por Deus para a salvação não por causa dos nossos méritos, mas por causa dos méritos do Senhor Jesus Cristo (Sola Gratia). Retorno à fé - a justificação é somente pela fé, independente das obras da lei. A base da salvação não é o esforço humano, mas o sacrifício substitutivo de Cristo na cruz, (Sola Fide). Retorno a Deus - toda a glória somente a Deus. Deus não reparte a sua glória com ninguém, (Soli Deo Gloria). Não podemos esquecer de um princípio importante para nós hoje como Igreja Reformada: “Ecclesia reformata et semper reformanda est” (Igreja Reformada sempre se Reformando). É tempo de reforma, é tempo de retorno, neste século quando algumas igrejas estão descambando para o liberalismo teológico, negando a essência da fé, outros estão se direcionando para o misticismo sincrético, praticando novidades estranhas às Escrituras Sagradas, adotando um outro evangelho, caindo no pragmatismo, querendo sucesso a todo o custo. Líderes seduzidos pela riqueza e glória pessoal. A Bíblia como regra de fé e prática, pura e simples tão enfatizada pelos reformadores, deu hoje o lugar a um evangelho eclético e sincretista, incorporando expressões e ensinos antibíblicos através dos ensinos e pregações proferidas em vários púlpitos de igrejas evangélicas. É fácil ouvir hoje uma ênfase muito grande de práticas, tais como: unção do riso, unção dos órgãos genitais para salvar o casamento, unção da galinha, unção da lagartixa, pessoas grudadas com mãos e caras na parede, quebra de maldições hereditárias, mapeamento espiritual, revelações extrabíblicas, aura mística em torno do número 12, oração forte, oração de poder, a visão celular que é uma espécie de panacéia para os males da Igreja, encostos, banhos de purificação, videntes evangélicos, profetas que cobram consultas espirituais, resultado pseudamente de “revelações do céu”. Calvino, não utilizava instrumentos no Canto Congregacional, pois os instrumentos têm o poder de chamar para si a glória que pertence ao Senhor. Quando uma guitarra sola, uma bateria sobressai, neste momento deixamos de louvor e passamos ao show. O Louvor transformou-se em apresentações: o grupo apresenta, o coral apresenta, a irmã ou o irmão apresenta, tudo glória humana. Vivemos um momento histórico em que os sentimentos pessoais justificam tudo, isto é hedonismo, “o amor é eterno enquanto dura”. Se eu gosto de um estilo, posso apresentá-lo a Deus, e Ele será obrigado a aceitá-lo. Se uma música ou letra me fazem sentir-me bem, então devo apresentá-los a Deus, porque me fazem feliz. Mas, se meu gosto e sentimentos não estão santificados, será que esta adoração me conduzirá ao Senhor, ou apenas a mim mesmo? Afinal adoro e louvo a Deus ou a mim mesmo, meu gosto e meus sentimentos? Não será por isso que não se lê mais a Bíblia? Afinal ela não é uma leitura muito legal, não tenta ser popular nem agradar as pessoas.
Lutero pagou o preço, foi excomungado e condenado a morte. Para sobreviver viveu boa parte de sua vida escondido em um castelo. Somos salvos pela graça de Deus. Este é o evangelho de Jesus Cristo. Este é o evangelho da reforma. A igreja de hoje precisa buscar em Deus ousadia para defender e viver o evangelho tal qual nos foi pregado no passado.

Igreja reformada sempre se reformando, fala-nos do tradicionalismo criativo.
Utiliza-se da tradição, não como autoridade final ou absoluta, mas como recurso importante colocado à nossa disposição pela providência de Deus, a fim de nos ajudar a entender o que a Escritura está dizendo sobre quem é Deus, quem somos nós, o que é o mundo ao nosso redor, e o que fomos chamados para fazer aqui e agora. Precisamos descobrir a indispensabilidade do dogma sobre a igreja. Os Reformadores sempre deram prioridade à verdade.
Ecclesia reformata et semper reformanda est.

Soli Deo Glória

sábado, 30 de outubro de 2010

SOU PROTESTANTE E FILHO DA REFORMA

Rev. Elizeu Eduardo

Protestante não é uma palavra pejorativa – Foi usada para se referir aos cristãos que protestaram em 1529 na Alemanha contra a afirmativa da Igreja Romana em querer reter para si, pela Lei a condição de única verdade de fé. A palavra protestante vem do latim “Pro” – que significa “para” e do infinitivo “testare” = testemunha - Ser protestante é ser testemunha de Jesus Cristo e de sua Palavra. Não se trata de protestar apenas contra os erros da Igreja Romana que exagerava como exagera até hoje em seus ensinos que contrariam a Palavra de Deus. Trata-se de apresentar o novo, o bíblico e a verdade custe o que custar. Tirar o fardo pesado da religião da Mentira de sobre os ombros de um povo cansado, em troca do leve e suave jugo da Verdade que é Cristo Jesus. Hoje o fardo da mentira não está somente na velha e dominante igreja de romana, ela tem novos parceiros na divulgação da opressão religiosa. Vendem-se missas, vendem-se casamentos, vendem-se “alivio” para as almas do “purgatório” mas também em algumas portas largas e caminhos dilatados das religiões exploradoras da boa fé do povo brasileiro vendem-se curas, vendem-se prosperidades. Vendem-se até a moral do povo brasileiro. Temos que nos alegrarmos quando chamados de filhos da Reforma Protestante. Mas devemos fazer jus ao nome. Somos os filhos da esperança com propostas de esperança para um povo sem esperança. Libertar o povo da cega idolatria e das crendices sem perde-los para a religião da magia onde os bruxos vestidos de pastores amarram-nos às superstições e promessas de soluções fáceis, alienando o ser da realidade libertadora, construtiva e salvadora do Evangelho de Jesus Cristo. Nosso protesto foi e deve ser sempre um protesto construtivo e não somente denunciativo. Um protestante tem sempre algo melhor para apresentar e só depois está autorizado para protestar contra o que está errado. Somos o protesto vivo, que deve ser demonstrado com nossa vida e nossos atos, antes de ser demonstrado em caminhadas medíocres e gritos de protestos com vozes desprovidas de caráter e santidade de vida. Somos os filhos da Luz e como tais, devemos deixar um rastro de luz por onde passarmos! E isto, diga-se com total e absoluta certeza, só será possível seguindo no rastro da Graça de Deus.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O colapso do Movimento Evangélico

Ricardo Gondim

Dois pastores paulistas se fantasiam de Fred e Barney. Isso mesmo, fantasiados de Flintstone, entre gracejos ridículos, acreditam que estão sendo "usados por Deus para salvar almas". Na rádio, um apóstolo ordena que tragam todos os defuntos daquele dia, pois ele sente que Deus o "ungiu para ressuscitar mortos".

Os jornais denunciam dois políticos de Minas Gerais, "eleitos por suas denominações para representar os interesses dos crentes", como suspeitos de assassinato. O rosário se alonga: oração para abençoar dinheiro de corrupção; prisão nos Estados Unidos por contrabando de dinheiro, flagrante de missionários por tráfico de armas; conivência de pastores cariocas com chefões da cocaína.

Fica claro para qualquer leigo: O movimento Evangélico brasileiro se esboroa. O processo de falência, agudo, causa vexame. Alguns já nem identificam os evangélicos como protestantes. As pilastras que alicerçaram o protestantismo vêm sendo sistematicamente abaladas pelo segmento conhecido como neopentecostal. Como um trator de esteiras, o neopentecostalismo cresce passa por cima da história, descarta tradições e liturgias e se reinventa dentro das lógicas do mercado. É um novo fenômeno religioso.

É possível, sim, separá-lo como uma nova tendência. Sobram razões para afirmar-se que o neopentecostalismo deixou de ser protestante ou até mesmo evangélico.É uma nova religião. Uma religião simplória na resposta aos problemas nacionais, supersticiosa na prática espiritual, obscurantista na concepção de mundo, imediatista nas promessas irreais e guetoizada em seu diálogo cultural.

Mas a influência do neopentecostalismo já transbordou para o "mainstream" prostestante. O neopentecostalismo fermentou as igrejas consideradas históricas. Elas também se vêem obrigadas a explicar quase dominicalmente se aderiram ou não aos conceito mágicos das preces. Recentemente, uma igreja batista tradicional promoveu uma "Maratona de Oração pela Salvação de Filhos Desviados".
Pentecostais clássicos, como a Assembléia de Deus, estão tão saturados pela teologia neopentecostal que pastores, inadvertidamente, repetem jargões e prometem que a vida de um verdadeiro crente fica protegida dentro de engrenagens de causa-e-efeito. Os "ungidos" afirmam que sabem fazer "fluir as bênçãos de Deus". É comum ouvir de pregadores pentecostais que vão ensinar a "oração que move o braço de Deus”.

O Movimento Evangélico implode. Sua implosão é visceral. Distanciou-se de dois alicerces cristãos básicos, graça e fé. Ao afastar-se destes dois alicerces fundamentais do cristianismo, permitiu que se abrisse essa fenda histórica com a tradição apostólica.

1. A teologia da Graça
Desde a Reforma, protestantes e católicos passaram a trabalhar a Graça como pedra de arranque de um novo cristianismo. O texto bíblico, “o justo viverá da fé”, acendeu o rastilho de pólvora que alterou a cosmovisão herdada da Idade Média. A Graça impulsionou o cristianismo para tempos mais leves. Foi a Graça que acabou com a lógica retributiva que mostrava Deus como um bedel a exigir penitência. Devido a Graça entendeu-se que a sua ira não precisa ser contida. O cristianismo medieval fora infectado por um paganismo pessimista e, por isso, sobravam espertalhões vendendo relíquias e objetos milagrosos que, segundo a pregação, “garantiam salvação e abriam as janelas da bênção celestial”.

Lutero, um monge agostiniano, portanto católico, percebeu que o amor de Deus não podia ser provocado por rito, prece, pagamento ou penitência. Graça, para Lutero, significava a iniciativa de Deus, constante, unilateral e gratuita, de permanecer simpático com a humanidade. Lutero intuiu que Deus não permanecia de braços cruzados, cenho franzido, à espera de que homens e mulheres o motivassem a amar. O monge escancarou: as indulgências eram um embuste. Assim, Lutero solapava o poder da igreja que se autoproclamava gerente dos favores divinos.
Passados tantos séculos, o movimento neopentecostal, responsável pelas maiores fatias de crescimento entre evangélicos, abandonou a pregação da Graça. (É preciso ressaltar, de passagem, que o conceito da Graça pode até constar em compêndios teológicos, mas não significa quase nada no dia-a-dia dos sujeitos religiosos).

Os neopentecostais retrocederam ao catolicismo medieval. É pre-moderna a religiosidade que estimula valer-se de amuletos “como ponto de contato para a fé”; fazerem-se votos financeiros para “abrir as portras do céu”; “pagar o preço” para alcançar as promessas de Deus. Desse modo, a magia espiritual da Idade Média se disfarçou de piedade. A prática da maioria dos crentes hoje se concentra em aprender a controlar o mundo sobrenatural. Qual o objetivo? Alcançar prosperidade ou resolver problemas existenciais.

2. A compreensão da Fé

“A Piedade Pervertida” (Grapho Editores) de Ricardo Quadros Gouvêa é um trabalho primoroso que explica a influência do fundamentalismo entre evangélicos.

O louvorzão, assim como as vigílias e as reuniões de oração, e até mesmo o mais simples culto de domingo, muitas vezes não passam de um tipo de superstição que beira a feitiçaria, uma vez que ele é realizado com o intuito de ‘forçar’ uma ação benévola da parte de Deus, como se o culto e o louvor fossem um ‘sacrifício’, como os antigos sacrifícios pagãos. Neste caso, não temos mais liturgias, mas sim teurgias, nas quais procura-se manipular o poder de Deus” (p.28).
Ora, enquanto fé permanecer como uma “alavanca que move os céus”, as liturgias continuarão centradas na capacidade de tornar a oração mais eficaz. Antes dos neopentecostais, o Movimento Evangélico já se distanciara dos Místicos históricos que praticavam a oração com um exercício de contemplação e não como ferramenta de como tornar Deus mais útil.
Fé não é uma força que se projeta na direção do Eterno. Fé não desata os nós que impedem bênçãos. Fé é coragem de enfrentar a vida sem qualquer favor especial. Fé é confiança de que os valores de Cristo são suficientes no enfrentamento das contingências existenciais. Fé aposta no seguimento de Cristo; seguir a Cristo é um projeto de vida fascinante.
O neopentecostalismo ganhou visibilidade midiática, alastrou-se nas camadas populares e se tornou um movimento de massa. Por mais que os evangélicos conservadores não admitam, o neopentecostalismo passou a ser matriz de uma nova maneira de conceber as relações com o Divino.
A alternativa para o rolo compressor do neopentecostalismo só acontecerá quando houver coragem de romper com dogmatismos e com os anseios de resolver os problemas da vida pela magia.

O caminho parece longo, mas uma tênue luz já desponta no horizonte, e isso é animador.

Soli Deo Gloria

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

LOUCURAS DOS EVANGÉLICOS

Rev. Augustus Nicodemus Lopes

O apóstolo Paulo escreveu aos coríntios que a palavra da cruz é loucura para a mente carnal e natural, para aqueles que estão perecendo (1Co 1.18, 21,23; 2.14; 3.19). Ele mesmo foi chamado de louco por Festo quando lhe anunciava o Evangelho (At 26.24). Pouco antes ao passar por Atenas, havia sido motivo de escárnio dos filósofos epicureus e estóicos por lhes anunciar a cruz e a ressurreição (At 17.18-32). O Evangelho sempre parecerá loucura para o homem não regenerado. Todavia, não há de que nos envergonharmos se formos considerados loucos por anunciar a cruz e a ressurreição. Como Pedro escreveu: "se formos sofrer, seja por sermos cristãos e não como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócio dos outros" (1Pe 4.15-16).

Nesta mesma linha, na carta que escreveu aos coríntios, o apóstolo Paulo, a certa altura, pede que eles evitem parecer loucos: “Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão porventura que estais loucos?” (1Co 14.23). Ou seja, o apóstolo não queria que os cristãos dessem ao mundo motivos para que nos chamem de loucos, a não ser a pregação da cruz.

Infelizmente os evangélicos, ou uma parte deles, não deu ouvidos às palavras de Paulo, de que é válido tentarmos não parecer loucos.

Existe no meio evangélico tanta insensatez, falta de sabedoria, superstição, coisas ridículas, que acabamos dando aos inimigos de Cristo um pau para nos baterem. Somos ridicularizados, desprezados nos tornamos motivo de escárnio, e não é por pregarmos a Cristo, e este, crucificado, mas pelas sandices, tolices, bobagens, todas feitas em nome de Jesus Cristo.

- O que vocês acham que o mundo pensa de uma visão onde galinhas falam em línguas estranhas e um galo interpreta falando em nome de Deus, trazendo uma revelação profética a um pastor?

- O pastor pião, que depois de falar em línguas e profetizar, rodopia como resultado da unção de Deus?

- A “unção do leão”, onde supostamente recebida da parte de Deus durante show gospel, que faz a pessoa andar de quatro e urrando como um animal no palco?

Podemos dizer que o ridículo que isto provoca é resultado de pregação da cruz? Eu sei que vão argumentar que Deus falou através da burra de Balaão, e que pode falar através de galináceos ungidos. Mas a diferença é que a burra falou mesmo. Ninguém teve uma visão em que ela falava. E deve ter falado na língua de Balaão, e não em línguas estranhas. Naquela época faltavam profetas – Deus só tinha a burra para repreender o mercenário Balaão. Não haveria problema se um galinheiro inteiro falasse português na falta de homens e mulheres de Deus nesta nação. Mas não parece que este é o caso.

Sei que Deus mandou profetas andarem nus e profetizarem e fazerem coisas estranhas como esconder cintos de couro para apodrecerem. E ainda mandou outros comerem mel silvestre e gafanhotos e se vestirem de peles de animais. Tudo isso fazia sentido naquela época, onde a revelação escrita da Bíblia, não estava pronta, e onde estes profetas eram os instrumentos de Deus para sua revelação especial e infalível.

Não vejo qualquer semelhança entre o pastor "pião" e a pastora leoa e o profeta Isaías, que andou nu e descalço por três anos como símbolo do que Deus haveria de fazer ao Egito e à Etiópia (Is 20.2-4).

Eu sei que o mundo sempre vai zombar dos crentes, mas que esta zombaria, como queria Paulo, seja o resultado da pregação da cruz, da proclamação das verdades do Evangelho, e não o fruto de nossa própria insensatez.

Não devemos nos envergonhar da loucura do Evangelho, mas das loucuras de alguns que se chamam evangélicos.

Fonte: santovivo.net

"COSTURARAM" O VÉU DO TEMPLO E COLOCARAM DE VOLTA

José Bezerra Dias

Texto Base: E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo (Mc 15.38).

O véu que separava o lugar Santíssimo no Tabernáculo e posteriormente no Templo significava que o homem para falar com Deus necessitava de um intercessor humano. Esse intercessor era o sumo sacerdote, que apenas uma vez por ano podia adentrar ao Santo dos Santos, depois de cumprir todo um ritual de purificação. O povo ficava esperando do lado de fora para depois saber o que Deus tinha falado.

A morte de Jesus no Calvário marcou o fim dessa separação, o véu foi rasgado de alto a baixo não deixando dúvidas que foi o poder e a vontade de Deus que o fez. Tudo isso demonstrando que a partir de então o homem tinha livre acesso ao Pai Celestial. A morte de Jesus também significou o sacrifício perfeito e único. Todo sacrifício que o homem necessitava fazer para ter paz com Deus, foi encerrado na morte de Jesus, conforme escreve o autor da epístola aos Hebreus: Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto ele fez, uma vez, oferecendo-se a si mesmo. Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre (Hb 7.27-28).

Mas agora estamos vendo em algumas igrejas, principalmente nas neopentecostais os pastores sendo colocados como intercessores entre Deus e os homens. Quer dizer, para que Deus lhe atenda você precisa receber a oração feita pelo bispo tal. Se não for dessa maneira, sua suplica a Deus ficará sem resposta. Deus não responde mais as orações de seus filhos se não houver a intermediação de um pastor, apostolo ou bispo. "Costuraram" o véu do Templo e colocaram de volta. O acesso a Deus está restrito a um pequeno grupo de “queridinhos”. São os novos sumo sacerdotes. Muitos crentes já não oram por cura, seja qual for a doença, porque Deus só atende a oração se for feita por pastores ou bispos.

Este tipo de ensinamento não é feito diretamente, mas as pessoas são induzidas a acreditarem que é dessa maneira que as coisas devem ser, já que são bombardeadas com exemplos de curas e milagres que acontecem quando a oração é feita por um desses "ungidos" do Senhor. Existe até uma "guerra" entre igrejas para saber onde está a oração mais forte, onde está o maior número de curas.

A falta de conhecimento bíblico faz com que um grande número de pessoas fique a mercê desse tipo de prática. Tem pastor dizendo que os membros de sua igreja não precisam sequer jejuar, isso será feito por ele.

O sistema de sacrifícios que havia sido encerrado em Jesus, também voltou a ser praticado. Só que agora não é mais com animais e sim com dinheiro. Os púlpitos foram substituídos por altares, que significa lugar de sacrifício. Já apontando para onde o “fiel” deve levar seu sacrifício. Para provar sua fé a pessoa deve entregar seus bens. Se isso não for feito as bênçãos não acontecerão. Estão apresentando um Deus que só atende pedidos se for feito por líderes da Igreja e se houver pagamento. O Deus misericordioso, amoroso e cheio de graça foi substituido por um deus mercenário, que não atende a quem não paga pelo milagre, e é pagamento adiantado.

O mais estranho é que eles ensinam que o pagamento é uma prova da fé, mas quando o milagre não acontece, dizem que foi por falta de fé. Mas a pessoa já não tinha demonstrado sua fé ao pagar pelo milagre? Como então não teve fé? São contradições que o povo "cegamente" aceita.

Uma criação dessa gente que fez grande sucesso foi o sacrifício de "Isaque", em que o fiel entregava a igreja o seu maior e melhor bem. A grande diferença com o sacrifício da Bíblia, é que Deus devolveu a Abraão o seu Isaque. No sacrifício que eles inventaram o "Isaque" não é devolvido. E ningém questiona.

Enfim, é tudo uma grande manipulação. Essa turma esta brincando com a Palavra de Deus. Se fazem de "doutores" nas Escrituras quando na verdade só à usam para alcançarem seus objetivos, que é "criar" uma geração de cristãos dependentes deles.

E o povo segue todas essas coisas como se estivesse tudo correto, tudo segundo a Bíblia. O povo continua escravizado por falta de conhecimento. Até quando?

Fonte: santovivo

AINDA HÁ MOTIVOS PARA COMEMORAR A REFORMA?

Alderi Souza de Matos


Por várias razões, é bastante reduzido, em termos proporcionais, o número de protestantes que valorizam e celebram a Reforma do século 16. Os pentecostais e neopentecostais, tendo surgido tardiamente e rompido com as Igrejas Históricas em diversos aspectos importantes, sentem pouca ou nenhuma afinidade com a obra dos reformadores. Muitos batistas, quer por se considerarem diferentes das demais igrejas evangélicas, quer por verem as raízes do seu movimento em épocas anteriores ao século 16, também não se identificam com a Reforma Protestante. Os metodistas mantiveram certos aspectos da herança protestante original, mas também produziram alterações significativas na mesma, como argumenta corretamente o historiador Mark Noll em sua obra Momentos Decisivos na História do Cristianismo (Cultura Cristã, 2000).


Restam os quatro grupos iniciais da Reforma do século 16: luteranos, calvinistas, anabatistas e anglicanos. Os anabatistas, representados mormente pelos menonitas, pretenderam ser os “Reformadores da Reforma”, visto entenderem que os primeiros líderes não foram longe o bastante na sua ruptura com o catolicismo medieval. A comunidade anglicana, em virtude do seu caráter misto protestante-católico, também hesita em assumir entusiasticamente os seus laços com a Reforma. Desse modo, são especialmente os luteranos e os calvinistas que continuam a celebrar com maior ênfase o evento de 31 de outubro de 1517 e suas vastas conseqüências. Aliás, historicamente os presbiterianos têm uma razão adicional para comemorar a Reforma, uma vez que os protestantes suíços ligados a Zuínglio e Calvino receberam desde o início a designação específica de “reformados”.


Infelizmente, nestes tempos pós-modernos, muitos presbiterianos têm nutrido dúvidas e ambigüidades quanto à identidade reformada. Há alguns anos, surgiu entre nós o slogan historicamente insustentável e teologicamente contraditório Fides reformata et semper reformanda est, ou seja, “a fé é reformada e está sempre se reformando”. Os reformadores jamais concordariam com isso. A Igreja é que é passível de reforma (“Ecclesia reformata sed semper reformanda”), mas não a fé, as convicções básicas cristãs e reformadas, as verdades inegociáveis de “sola Scriptura”, “sola gratia”, “solo Christo”, “sola fides” e muitas outras, com suas profundas implicações. Comemorar a Reforma não é uma questão de saudosismo ou apego à tradição, mas significa reafirmar os fundamentos bíblicos redescobertos e confessados pelos reformadores, sem os quais ficaremos à deriva no mar de incertezas que caracteriza a presente era.
Fonte: www. mackinzie

sábado, 9 de outubro de 2010

CONFRONTO - Dilma pede direito de resposta a TV católica

CONFRONTO - Dilma pede direito de resposta a TV católica

Quando a suposta laicidade do estado vira perseguição; Ou: guerra à religião vitima até os quartéis

Quando a suposta laicidade do estado vira perseguição; Ou: guerra à religião vitima até os quartéis

AS ELEIÇÕES E OS APROVEITADORES DA BOA FÉ E DA CREDULIDADE EVANGÉLICA

Rev. Sandro Amadeu Cerveira

Talvez eu tenha falhado como pastor nestas eleições. Digo isso porque estou com a impressão de ter feito pouco para desconstruir ou no pelo menos problematizar a onda de boataria e os posicionamentos “ungidos” de alguns caciques evangélicos. [1]

Talvez o mais grotesco tenham sido os emails e “vídeos” afirmando que votar em Dilma e no PT seria o mesmo que apoiar uma conspiração que mataria Dilma (por meios sobrenaturais) assim que fosse eleita e logo a seguir implantaria no Brasil uma ditadura comunista-luciferiana pelas mãos do filho de Michel Temer. Em outras o próprio Temer seria o satanista mor. Confesso que não respondi publicamente esse tipo de mensagem por acreditar que tamanha absurdo seria rejeitada pelo bom senso de meus irmãos evangélicos. Para além da “viagem” do conteúdo a absoluta falta de fontes e provas para estas “notícias” deveria ter levado (acreditei) as pessoas de boa fé a pelo menos desconfiar destas graves acusações infundadas. [2]

A candidata Marina Silva, uma evangélica da Assembléia de Deus, até onde se sabe sem qualquer mancha em sua biografia, também não saiu ilesa. Várias denominações evangélicas antes fervorosas defensoras de um “candidato evangélico” a presidência da república simplesmente ignoraram esta assembleiana de longa data.

Como se não bastasse, Marina foi também acusada pelo pastor Silas Malafaia de ser “dissimulada”, “pior do que o ímpio” e defender, (segundo ele), um plebiscito sobre o aborto. Surpreende como um líder da inteligência de Malafaia declare seu apoio a Marina em um dia, mude de voto três dias depois e à apenas 6 dias das eleições desconheça as proposições de sua irmã na fé.

De fato Marina Silva afirmou (desde cedo na campanha, diga-se de passagem) que “casos de alta complexidade cultural, moral, social e espiritual como esses, (aborto e maconha) deveriam ser debatidos pela sociedade na forma de plebiscito” [3], mas de fato não disse que uma vez eleita ela convocaria esse plebiscito.

O mais surpreendentemente, porém foi o absoluto silêncio quanto ao candidato José Serra. O candidato tucano foi curiosamente poupado. Somente a campanha adversária lembrou que foi ele, Serra a trazer o aborto para dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) [4]. Enquanto ministro da saúde o candidato do PSDB assinou em 1998 a norma técnica do SUS ordenando regras para fazer abortos previstos em lei, até o 5º mês de gravidez [5]. Fiquei intrigado que nenhum colega pastor absolutamente contra o aborto tenha se dignado a me avisar desta “barbaridade”.

Também foi de estranhar que nenhum pastor preocupado com a legalização das drogas tenha disparado uma enxurrada de-mails alertando os evangélicos de que o presidente de honra do PSDB, e ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso defenda a descriminalização da posse de maconha para o consumo pessoal [6].

Por fim nem Malafaia, nem os boateiros de plantão tiveram interesse em dar visibilidade a noticia veiculada pelo jornal a Folha de São Paulo (Edição eletrônica de 21/06/10) nos alertando para o fato de que “O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou nesta segunda-feira ser a favor da união civil e da adoção de crianças por casais homossexuais.” [7]

Depois de tudo isso é razoável desconfiar que o problema não esteja realmente na posição que os candidatos tenham sobre o aborto, união civil e adoção de crianças por homossexuais ou ainda a descriminalização da maconha. Se o problema fosse realmente o comprometimento dos candidatos e seus partidos com as questões acima os líderes evangélicos que abominam estas propostas não teriam alternativa.

A única postura coerente seria então pregar o voto nulo, branco ou ainda a ausência justificada. Se tivessem realmente a coragem que aparentam em suas bravatas televisivas deveriam convocar um boicote às eleições. Um gigantesco protesto a-partidário denunciando o fato de que nenhum dos candidatos com chances de ser eleitos tenha realmente se comprometido de forma clara e inequívoca com os valores evangélicos. Fazer uma denuncia seletiva de quem esta comprometido com a “iniqüidade” é, no mínimo, desonesto.

Falar mal de candidato A e beneficiar B por tabela (sendo que B está igualmente comprometido com os mesmo “problemas”) é muito fácil. Difícil é se arriscar num ato conseqüente de desobediência civil como fez Luther King quando entendeu que as leis de seu país eram iníquas.

Termino dizendo que não deixarei de votar nestas eleições.

Não o farei por ter alguma esperança de que o Estado brasileiro transforme nossos costumes e percepções morais em lei criminalizando o que consideramos pecado. Aliás tenho verdadeiro pavor de abrir esse precedente.

Não o farei porque acredite que a pessoa em quem votarei seja católica, cristã ou evangélica e isso vá “abençoar” o Brasil. Sei, como lembrou o apóstolo Paulo, que se agisse assim teria de sair do mundo.

Votarei consciente de que os temas aqui mencionados (união civil de pessoas do mesmo sexo, descriminalização do aborto, descriminalização de algumas drogas entre outras polêmicas) não serão resolvidos pelo presidente ou presidenta da república. Como qualquer pessoa informada sobre o tema, sei que assuntos assim devem ser discutidos pela sociedade civil, pelo legislativo e eventualmente pelo judiciário (como foi o caso da lei de biossegurança) [8] com serenidade e racionalidade.

Votarei na pessoa que acredito representa o melhor projeto político para o Brasil levando em conta outras questões (aparentemente esquecidas pelos lideres evangélicos presentes na mídia) tais como distribuição de renda, justiça social, direitos humanos, tratamento digno para os profissionais da educação, entre outros temas. (Ver Mateus 25: 31-46) Estas questões até podem não interessar aos líderes evangélicos e cristãos em geral que já ascenderam à classe média alta, mas certamente tem toda a relevância para nossos irmãos mais pobres.

______________________

NOTAS

[1] As afirmações que faço ao longo deste texto estão baseadas em informações públicas e amplamente divulgadas pelos meios de comunicação. Apresento os links dos jornais e documentos utilizados para verificação.

[2] http://www.hospitaldalma.com/2010/07/o-cristao-verdadeiro-nao-deve-votar-na.html

[3]http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/marina+rebate+declaracoes+de+pastor+evangelico+silas+malafaia/n1237789584105.html
Ver também http://www1.folha.uol.com.br/poder/805644-lider-evangelico-ataca-marina-e-anuncia-apoio-a-serra.shtml


[4]http://blogdadilma.blog.br/2010/09/serra-e-o-unico-candidato-que-ja-assinou-ordens-para-fazer-abortos-quando-ministro-da-saude-2.html

[6]http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=856843&tit=FHC-e-intelectuais-pedem-legalizacao-da-maconha

[7]http://www1.folha.uol.com.br/poder/754484-serra-se-diz-a-favor-da-uniao-civil-e-da-adocao-de-criancas-por-gays.shtml

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

As Evidências da Plenitude do Espírito Santo

Rev. Hernandes Dias Lopes

Não existe sequer uma pessoa salva sem a obra do Espírito Santo. Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele (Rm 8.9). Se alguém não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus (Jo 3.5). Todo salvo é regenerado pelo Espírito, habitado pelo Espírito, selado pelo Espírito e batizado pelo Espírito no corpo de Cristo. Porém, nem todos os que têm o Espírito Santo estão cheios do Espírito. Uma coisa é ser habitado pelo Espírito, outra é ser cheio do Espírito. Uma coisa é ter o Espírito residente, outra é ter o Espírito presidente. Quais são as evidências de uma pessoa cheia do Espírito Santo?

1. Uma pessoa cheia do Espírito tem uma vida controlada pelo Espírito (Ef 5.18) – O apóstolo Paulo ordena: “E não vos embriagueis com vinho no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”. Aqui, Paulo dá uma ordem negativa: “não vos embriagueis com vinho” e uma ordem positiva: “enchei-vos do Espírito”. Paulo faz uma comparação superficial e um contraste profundo. A comparação é que assim como uma pessoa embriagada está sob o poder do vinho, assim também uma pessoa cheia do Espírito está sob o poder e influência do Espírito. O contraste é que o vinho conduz à dissolução, mas a plenitude do Espírito ao domínio próprio. Quem está cheio de vinho não pode estar cheio do Espírito. Quem é dominado pelo vinho não pode ser dominado pelo Espírito. A embriaguez é obra da carne e conduz à escravidão e à morte, mas a plenitude do Espírito traz liberdade e vida.
2. Uma pessoa cheia do Espírito tem deleite na adoração a Deus (Ef 5.19,20) – Uma pessoa cheia do Espírito louva de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a Deus, o Pai, em nome do Senhor Jesus. Adoração e gratidão são evidências da plenitude do Espírito. Por conseguinte, uma pessoa que não se deleita na adoração e se entrega à murmuração não dá provas de que está cheia do Espírito. Adoramos a Deus por quem ele é, e agradecemos a Deus pelo que ele faz. Quando estamos cheios do Espírito, nosso coração se volta para Deus em alegre e santa devoção. Quando estamos transbordando do Espírito reconhecemos a bondade de Deus em todas as circunstâncias e o agradecemos pelos seus gloriosos feitos.

3. Uma pessoa cheia do Espírito tem relacionamentos transformados (Ef 5.19) – O apóstolo escreve: “falando entre vós com salmos”. A expressão “entre vós” fala de relacionamento e comunicação. Uma pessoa cheia do Espírito tem relacionamentos transformados. Sua comunicação é regada pelo amor. Suas palavras são medicina para a alma. Uma pessoa cheia do Espírito não fere a outra com a língua, mas enaltece e abençoa as pessoas com a palavra. Nossas palavras refletem nosso coração. Nossas palavras atestam o quanto o Espírito Santo controla a nossa vida. Um crente cheio do Espírito é um encorajador e não um provocador de contendas. Sua palavra constrói pontes em vez de cavar abismos.

4. Uma pessoa cheia do Espírito tem disposição para servir (Ef 5.21) – O apóstolo Paulo ainda diz: “sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo”. No reino de Deus maior é o que serve. Um crente cheio do Espírito jamais é uma pessoa arrogante e soberba. Um crente cheio o Espírito jamais alimenta mania de grandeza. Ele se dispõe a servir em vez de ser servido. Ele cinge-se com a toalha e se dispõe a lavar os pés dos irmãos. Ele não tem em vista o que é propriamente seu, mas também o que é dos outros. Um crente cheio do Espírito é uma pessoa humilde, generosa, prestativa e que faz da vida uma plataforma de serviço e não uma feira de vaidades. Você é um crente cheio do Espírito? Lembre-se: ser cheio do Espírito não é uma opção, mas uma ordem divina.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Carta do Rev. Ageu Cirilo de Magalhães Jr

Rev. Ageu Cirilo de Magalhâes Jr.
Caros amigos,


As linhas que escrevo agora são fruto de muita reflexão e oração. Há semanas venho ensaiando escrever isto e o mero desejo de meu coração tornou-se uma necessidade de minha consciência. Muitos de nós têm acompanhado de perto o desenvolvimento de questões ligadas à vida e à família em nossa nação. Sem dúvida alguma, nestas questões a sociedade brasileira tem trilhado no caminho da impiedade por conta de um governo que, além de permitir a iniqüidade, em muitos casos a apóia.


Antes de continuar, deixe-me dizer que, como a Bíblia instrui, oro pelo presidente da República e por seu governo. Mais do que orar, nutro admiração pelo nosso presidente. Sua história de pobreza no sertão nordestino e sua ascensão ao cargo mais alto da nação é algo que me fascina. Sempre votei no Lula. Sendo eu filho de um bravo nordestino, metalúrgico e ligado ao sindicato, então, logo simpatizei com a figura do nosso presidente. Todavia, como pastor presbiteriano, não posso me calar diante das iniqüidades que seu governo tem cometido e que ainda pretende cometer em nossa nação. Exponho a partir de agora quais são estas iniqüidades:


1. Erotização de nossas crianças


O Governo Federal, através dos Ministérios da Saúde e da Educação, tem produzido material com imoralidade para ser distribuído aos nossos filhos sob o pretexto de educação sexual. Veja por si mesmo nos links abaixo:


http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/cartilha-governo-lula-estimula-alunos-13-19-anos-narrar-suas-transas/


http://www.diversidade.papocabeca.me.ufrj.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3&Itemid=3&lang=pt


http://www.papocabeca.me.ufrj.br/diversidade/DiversidadeWeb.pdf


http://noticias.r7.com/vestibular-e-concursos/noticias/recife-recolhe-livro-de-educacao-sexual-para-criancas-20100428.html


O Governo Federal, que deveria ser o guardião da educação de nossos filhos é hoje quem mais os encaminha para a imoralidade sexual.


A Bíblia diz: "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele". (Provérbios 22.6). Deus vai cobrar do atual governo o que ele tem feito na educação de nossas crianças.


2. Incentivo ao homossexualismo


No dia 14/05/2009 o Governo Federal lançou o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). O plano é formado por 51 diretrizes que têm o objetivo de influenciar todos os segmentos da sociedade com a filosofia homossexual. O Governo Federal é o maior patrocinador do movimento homossexual no Brasil. Veja os links abaixo:


http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sedh/brasilsem/plano_lgbt/


http://www.abril.com.br/noticias/brasil/governo-lanca-plano-defender-direitos-civis-populacao-lgbt-470514.shtml


http://portal.mj.gov.br/sedh/homofobia/planolgbt.pdf


Em paralelo a estas ações de expansão de incentivo ao homossexualismo, o Governo também trabalha na aprovação do Projeto de Lei 122/2006, apelidado de "lei da mordaça", que pretende criminalizar a discordância ao Homossexualismo. Se aprovado, o projeto atentará contra a liberdade de expressão prevista em nossa constituição e permitirá ao Estado punir qualquer indivíduo que demonstrar discordância quanto à prática homossexual.


A Bíblia diz: "Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável" (Levítico 20.13). "Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém! Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro." (Romanos 2.24-27)


3. Defesa do aborto


Em Setembro de 2007 o PT aprovou seu apoio à legalização do aborto:


http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI1874487-EI7896,00.html


Em 2008 a Fiocruz, instituição vinculada ao Ministério da Saúde, liberou R$ 80 mil para a filmagem do vídeo "O fim do silêncio", que mostra depoimentos de mulheres que abortaram seus filhos e defendem a descriminalização da prática. A diretora Thereza Jessouroun diz, na reportagem, ter idealizado o roteiro ao ouvir declarações do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a favor da descriminalização do aborto. De acordo com ela, o projeto se materializou após a abertura do edital da Fiocruz, cuja direção é nomeada pelo ministro. Veja notícia do Jornal O Globo abaixo:


http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/01/04/filme-reacende-polemica-em-torno-do-aborto-587883773.asp


Por ser o PT oficialmente favorável ao aborto, em Setembro de 2009 ele puniu dois deputados federais por serem contrários à posição abortista: Veja a matéria abaixo:


http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u625663.shtml


Além disso, o novo Programa Nacional de Direitos Humanos, assinado pelo presidente em Dezembro/2009, defende a legalização do aborto, o que gerou manifestações de grupos contrários ao aborto em todo o país:


http://www.midiasemmascara.org/artigos/aborto/10913-declaracao-pro-vida-contra-o-pndh-3.html


Diante destes fatos que atentam contra a família, a vida e contra nossas crianças, torno pública minha intenção de voto: Votarei pela não continuidade deste governo.


Quem me conhece sabe que nunca misturei política com ministério, todavia, creio que o momento é grave e necessita de um posicionamento dos líderes religiosos. Todo cristão deve atentar para o que está acontecendo e manifestar o repúdio às iniqüidades deste governo por meio do seu voto. Não podemos deixar que as iniqüidades continuem.


Conclamo você, meu amigo, a continuar orando pelas nossas autoridades, a orar pelas eleições que se aproximam e a votar conscientemente, não escolhendo aqueles que praticam a impiedade. Termino com alguns versículos:


“Ai daqueles que, no seu leito, imaginam a iniqüidade e maquinam o mal! À luz da alva, o praticam, porque o poder está em suas mãos.” Miquéias 2.1


“Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!” Isaías 5.20


“... se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”. 2 Crônicas 7.14

O bê-a-bá Abba Pai

Israel de Sá

A educação começa em casa. Pais que mandam os filhos para a escola na ânsia de que os seus mestres deem "um jeito" neles, correm o risco de verem seu rebento voltar igual senão pior para casa. Mais que isso, partindo do ponto fundamental de tudo, a Palavra de Deus deixa explicito onde começa o aprendizado. "E ensinai-as (as palavras de Deus) a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te." (Deuteronômio 11:19). A passagem não deixa dúvidas de que a tarefa primeva do ensinar começa no seio da família.

Acabo de ler que entidades sociais apresentaram uma "Carta Compromisso pela Garantia do Direito à Educação de Qualidade" aos candidatos dos poderes executivos e legislativos. Atitude louvável, mas ainda longe do que se espera no quesito educação dos governantes deste país. É sabido de todos que se aplica mal os recursos para educação. Não há incentivo a leitura. Não temos bibliotecas públicas que atendam nos dias que mais pais e filhos estão juntos, nos fins de semana. O que vemos é uma exaltação do ensino superior e técnico no Brasil e um certo descaso ao ensino fundamental. Se numa ponta da máquina educacional o Brasil vai mais ou menos, na outra é péssimo. E seria até agradável aos pais fincarem botas nos conselhos escolares exigindo melhorias se eles mesmos não tivessem sua colossal parcela de culpa neste imbróglio todo. Uma criança precisa sair de casa ciente do seus deveres e direitos antes de pôr os pés no primeiro ano escolar. Jogar toda a responsabilidade do ensino nas mãos dos governantes é pedantismo de pais que não seguem a regra que o povo hebreu aprendeu do Senhor e que continua ecoando desejavelmente no coração de Deus. A escritora Landa Cope escreve em seu livro que as crianças até quatro anos absorvem todo conhecimento e formam sua cosmovisão de mundo a partir do que aprendem com seus pais. A ciência apenas corrobora aquilo que nosso Deus já ensinou a milênios atras. Pais, ensinem seus filhos, deem-lhes regras de conduta dentro e fora de casa. Objetivem a ordem no lar, Deus é um Deus de ordem... Ele não habita a bagunça. Não sou pai, talvez por isso me seja tão fácil falar de algo tão complexo. Mas sou cristão e sei que seguir os ditames amorosos do nosso Pai em TODAS as áreas evita graves transtornos e faz muito bem a alma.

Uma sociedade onde ONGs, pais e governo andam de mãos dadas para objetivar o bem das crianças, é uma sociedade mais segura e justa. A educação fortalece os lares e famílias saudáveis são uma sociedade saudável. Pena que muitos pais não entendem isso, e muitos governantes deturbam o sentido de educação. Um triste exemplo, o governo federal está instalando máquinas de camisinhas nas escolas para uso geral dos estudantes em até vinte preservativos por mês. Não sei onde isso fará bem aos nossos filhos e jovens, mas sei que pais fundamentados na palavra de Deus podem fazer a diferença. “Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus.” (II Co. 10:5ª). Façamos a sabedoria de Deus prevalecer diante da pretensa ideia dos “sábios”.
Fonte: ultimato

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A Expiação Universal É Verdadeira?

Rev. Angus Stewart


Parte 1
Uma parte dos leitores têm perguntado acerca da amplitude do propósito da expiação, isto é, por quem morreu Cristo? Esta questão é especialmente importante porque muitos evangélicos acreditam hoje em dia que Jesus derramou o Seu sangue por todas as pessoas, cabeça por cabeça, não excluindo ninguém. Esta perspectiva é pregada em muitos púlpitos e largamente promovida em livros e panfletos. Mas esta posição precisa ser analizada muito cuidadosamente. É realmente verdade que Jesus deu a Sua vida para salvar todos sem excepção? Deixem-nos perguntar algumas questões acerca deste ponto de vista.

(1) Como pôde o Deus Triúno, que possui sabedoria e compreensão infinitas, enviar o Seu muito amado Filho salvar do pecado e do Inferno aqueles que já estavam no Inferno, um lugar do qual os malditos não podem sair (cf. Lucas 16:26)?

(2) Deus enviou a Sua Palavra a somente uma nação, os Israelitas, durante o tempo Velho Testamento, e "Não fez assim a nenhuma outra nação" (Sl. 147:19-20; Actos 14:16). Mais ainda, Jeová também não enviou o evangelho para todos no tempo do Novo Testamento (cf. Actos 16:6-8; Mt. 24:14). Porquê então enviaria Deus Cristo para morrer por aqueles que nunca iriam ouvir o evangelho e por isso nunca poderiam ser salvos (Rm. 10:14, 17)?

(3) A Bíblia ensina que Judas era "o filho da perdição" (João 17:12), isto é, um homem todo caracterizado pela perdição, ruína e eterna destruição. Morreu Jesus realmente por Judas quando Ele sabia que o Velho Testamento já tinha profetizado que Judas O iria trair (Sl. 41:9) e "para ir para o seu próprio lugar", nomeadamente Inferno (Actos 1:25; Sl. 109; João 17:12)?

(4) A Escritura afirma que Deus odiou Esaú (Rom. 9:13) mas onde for que se fale da expiação de Cristo é como o fruto do amor de Deus (e.g., João 3:16; 15:13; Rom. 5:8; I João 4:10). Como então pôde Deus enviar Cristo, em Seu infinito, eterno e imensurável amor (Ef. 3:18-19) para morrer por Esaú o qual Ele odiava?



Parte 2
Nas últimas Notícias nós começamos a criticar a posição largamente mantida de que Cristo derramou o Seu sangue para redimir todas as pessoas, cabeça por cabeça. Agora nós devemos acrescentar aos prévios quatros argumentos, três outros baseados nas designações da Escritura aos quais Cristo dirigiu a Sua morte.

(5) Cristo morreu pelo Seu "povo" (Mt.1:21) e pelos Seus "amigos" (João 15:13). O "povo" que Cristo redimiu é depois descrito como "sua semente" (Isa. 53:10) e não a semente da serpente (Gen. 3:15); Seus "filhos," "crianças" e "irmãos" (Heb. 2:10-14) e não "bastardos" (Heb.12:8); Suas "ovelhas" (João 10:15) e não "os bodes" (Mt. 25:33); Sua "igreja" (Actos 20:28; Ef. 5:25) e não a "sinagoga de Satanás" (Ap. 3:9); e os "muitos" (Isa. 53:11-12; Mt. 26:28) e não todos, cabeça por cabeça.

(6) Em João 10, Jesus ensina que Ele, o bom pastor, morreu pelas Suas Ovelhas (11, 15). Mais tarde, Jesus disse a algumas pessoas que elas não eram Suas ovelhas e que este era o motivo pelo qual elas não acreditavam: " Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas" (26). O nosso argumento é simples: Jesus morreu pelas Suas ovelhas; Ele disse a certas pessoas que elas não eram Suas ovelhas; por isso Jesus não morreu por elas. Jesus também disse que as Suas ovelhas foram-lhe dadas pelo Seu Pai ("Meu Pai, que mas deu;" 29). O Pai deu as ovelhas a Cristo no Seu eterno propósito de eleição para que Ele pudesse morrer por elas e reuni-las de todas as nações (16). Uma vez que Cristo morreu por Suas ovelhas, e Suas ovelhas são os eleitos, Cristo morreu pelos eleitos.

(7) Na Sua oração sacerdotal, Cristo diz, "Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus" (João 17:9). Se Jesus não fez a pequena coisa (orar pelo mundo), é de todo compreensível que tenha feito a maior coisa (morrer pelo mundo)? Para mais, a intercessão é um dos dois aspectos da obra sacerdotal de Cristo. Se Cristo não orou pelo mundo (um aspecto do seu trabalho sacerdotal), é possível que Ele tenha morrido pelo mundo(o outro aspecto do Seu trabalho sacerdotal)? Isto destruiria a unidade do ofício sacerdotal de Cristo porque Ele teria morrido por aqueles por quem Ele não teria (e não tem) intercedido. Considere que Cristo ora na base da Sua obra de redenção consumada. Por isso, se Cristo não orou pelo mundo, é porque Ele não morreu para redimir o mundo.

Lembre-se também que Jesus está aqui a orar horas antes da cruz e com os olhos na Sua morte sacrificial, porque Ele diz, "Pai, a hora é chegada." Ao longo de João 17, as orações de Cristo (e por isso a Sua obra redentora) são particulares, somente para os eleitos, aqueles que o Pai Lhe deu (2, 6, 9, 11, 12, 24). Cristo diz, "E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade" (19). A santificação de Cristo é a Sua separação de todo o pecado para fazer a vontade d'Aquele que O enviou. Cristo se separou especialmente como nosso necessário sacrifício na cruz. E isto, Ele diz-nos, foi porque "os tens amado", aqueles quem o Pai Lhe deu, os eleitos. Assim, as orações e o sacrifício de Cristo não só foram particulares—"aqueles que me deste" (9)—mas também exclusivos, "não pelo mundo" (9).



Parte 3
Nas últimas duas exposições das Notícias, nós levantámos sete objecções contra a noção muito popular que Jesus deu a Sua vida para remir os pecados de todos os homens sem excepção. Por favor, consultem as vossas Bíblias à medida que acompanham os argumentos (8) e (9) abaixo, em especial o (9).

(8) Se Cristo morreu absolutamente por todos (e o Seu sacrifício é seguramente motivado pelo amor; Ef. 5:25; Jo 3:16), então Ele também amou e morreu pela falsa igreja, a prostituta das multidões que fornicam com ela na sua adoração corrupta (Ap. 17:1-2, 15). Mas Efésios 5:25 ensina que Cristo "amou a igreja, e se deu por ela." Nenhuma menção é feita aqui a um amor de Cristo ou a uma morte de Cristo por aquilo que não é a verdadeira igreja que é santificada pela Palavra de Deus purificadora (26) e apresentada sem mancha no último dia (27). Se Cristo amou e morreu por todos, cabeça por cabeça [que necessariamente inclui a falsa igreja], então Cristo n"amou a igreja [e a falsa igreja], e se entregou por [elas]." Mas os maridos são ordenados a "amem as vossas esposas, tal como Cristo amou a igreja [e a falsa igreja]" (25). Então os maridos terão de amar as suas esposas como Cristo ama a Sua noiva e a prostituta, a falsa igreja.

Mas a Escritura ensina que Cristo tem uma noiva, a igreja de todas as eras (Ap. 21:2). Ele amou-a e se entregou por ela somente. Isto, e não a teoria de que Jesus amou e morreu por toda a gente, é a verdade da cruz, e o modelo para os maridos cristãos.

(9) Isaías 53 é o melhor capítulo no VT, e possivelmente em toda a Bíblia, acerca do sacrifício substitutivo de Cristo. A palavra "nossas" por cujos os pecados Cristo foi "ferido" (4-6) é dada nomes específicos: "meu povo" (8), "sua posteridade" ou "sua semente" (10), e os "muitos"—não todos os homens, cabeça por cabeça (11-12). Eles são o prazer do Senhor que "prosperará nas suas mãos" (10). Deus nunca fez o reprovado "prosperar nas suas mãos" e nunca teve prazer neles. Eles não são a Sua semente, povo ou prazer; e por isso Jesus não morreu por eles.

Aqueles por quem Cristo morreu "são curados" pelas "suas pisaduras" (5). Não é meramente que eles poderão ser curados se eles crerem, mas eles são realmente curados. Aqueles por quem os pecados Cristo carregou são também justificados: " o meu servo justo justificará a muitos, e as iniquidades deles levará sobre si" (11). O povo eleito de Deus (8) são justificados porque Cristo carregou o nosso castigo (11). O réprobo não é justificado, logo Cristo não o remiu. É para os "muitos" cujos os pecados Ele carregou que Cristo intercede (12). Lembra-te, Jesus disse, "não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me tens dado" (João 17:9). Os "muitos" por quem Cristo sofreu e por quem Ele ora são os eleitos, não o mundo réprobo. Neste sentido, Jesus é perfeitamente "satisfeito" (Isaías 53:11). Se alguns daqueles por quem Ele foi "ferido" (8) e por quem Ele intercede (12) não forem curados (5) e justificados (11) e não "prosperem nas suas mãos" (10) e não recebam uma parte do Seu "despojo" (12), Cristo não é satisfeito. Até se só uma alma perecer por quem Cristo morreu, o propósito de Cristo não é totalmente realizado, o Seu sacrifício não é totalmente bem sucedido e Ele está insatisfeito.



Parte 4
Neste tema, nós continuamos a nossa crítica ao sacrifício ilimitado ao considerar diversos grupos por quem Jesus teria de ter morrido se esta teoria fosse verdadeira.

(10) Se Cristo morreu por todos, Ele deve ter morrido por Caím como também por Abel, Nimrod como também por Noé, Balaão como também por Moisés. Isto servirá bem também para nações. Cristo deve ter resgatado não só Israel mas também os amalequitas (Ex. 17:14-16), os cananitas (Js. 11:20), os amorreus (incluindo Siom; Dt. 2:30), os filisteus (incluindo Golias) e os edomitas (Ml. 1:2-5). Ele até deve ter entregue a si próprio como sacrifício por Faraó (Ex. 4:21; Rm 9:17) e pelos egípcios (Ex. 14:17), apesar de não ter sido feita qualquer provisão para a aplicação do sangue dos cordeiros sobre as ombreiras de suas portas.

(11) Se Cristo morreu por todos os homens, então segue-se que Ele foi crucificado para salvar o "homem da perdição" (II Tess. 2:3) o qual "se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora"(4). Este homem é o cúmulo da obra do "mistério da injustiça"(7), o tal que opera com "todo o engano da injustiça" (10) esse "cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira"(9). É então possível que o Pai tenha enviado Cristo para morrer pelo homem de Satanás, o "homem do pecado" e o "filho da perdição"(3), o que é todo caracterizado por iniquidade e destruição eterna? É então possível que o eterno, omnisciente Deus enviou o Seu Filho para reconciliar o que pratica iniquidade aquele a quem Ele ordenou que seria destruído pelo "Espírito da boca [de Cristo]" e "pelo esplendor da Sua vinda"(8)?

II Tessalonicenses 2 também fala acerca dos seguidores do homem do pecado. Eles rejeitam a verdade e o filho da perdição engana-os, e por isso ambos são culpados (10). Mas também lemos que "Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados" (11-12). Se Deus os amou e enviou Cristo para morrer por eles e quer salvá-los, então porque Ele envia um forte engano de forma a eles crerem na mentira de forma a serem julgados?

Semelhantemente, a morte de Cristo por todos em absoluto apresenta Cristo como oferecendo a si mesmo como sacrifício pela besta e pelo falso profeta, sobre quem nos é dito que "foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre" (Ap. 19:20). Para além disso, "aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo" (Ap. 20:15). Se Cristo morreu por eles, Seu resgate nada fez para os libertar do castigo eterno.

(12) No Seu ministério público Jesus falou do pecado imperdoável: "se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro" (Mat. 12:32). Nem estava Jesus a falar em abstracto; alguns dos seus ouvintes naquele dia haviam cometido esse pecado (22-37). Jesus sabia então que algumas pessoas, incluindo os estes fariseus (24), não poderiam ser perdoados. Que sentido existe em Jesus morrer para a redenção e perdão (Ef. 1:7) dos que absolutamente não poderiam ser perdoados? Se há algumas pessoas que Ele "não tem por inocente" (Naum 1:3), porquê morreria Cristo para estabelecer a base para os absolver?



Parte 5
Consideremos mais dois argumentos contra a morte de Cristo por todos, cabeça por cabeça.

(13) Efésios 1:3 ensina que nós fomos abençoados "todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo." Estas bênçãos chegam a nós porque "também nos elegeu nele antes da fundação do mundo" (4). Isto é, nós recebemos todas estas bênçãos de acordo com a nossa eterna eleição (4) e predestinação (5). Efésios 1 enumera algumas das nossas bênçãos espirituais: santidade (4), adopção (5), aceitação (6), redenção (7), o perdão dos pecados (7), o conhecimento da vontade de Deus (9), o selo do Espírito Santo (13) e uma herança eterna (11, 14). Nós não só somos abençoados de acordo com a nossa eleição (4, 5), mas todos os eleitos têm "todas as bênçãos espirituais" (3). Por outro lado, o facto dos réprobos não serem abençoados com nenhuma destas bênçãos espirituais é também de acordo com o eterno "propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade" (11).

Agora recorda, uma das bênçãos espirituais é " a redenção pelo seu sangue" (7). Então a redenção e o derramamento de sangue de Cristo são requisitos daquelas bênçãos espirituais que vêm a nós porque "nos elegeu nele antes da fundação do mundo" (4). Portanto Cristo redimiu, derramou o Seu sangue e morreu pelos eleitos e não pelos réprobos. Então os eleitos são perdoados (7), adoptados (5), aceites (6), feitos santos (4) e selados com o Espírito (13) para sua herança eterna (11, 14) na base na morte sacrificial de Cristo. O réprobo não recebe nenhuma das bênçãos espirituais da morte de Cristo, porque Ele não morreu por eles.

(14) Outro ponto nem sempre considerado nesta ligação envolve os sacrifícios do VT que eram tipos da morte de Cristo. Se Cristo morreu pelos pecados de todos, então é de se esperar que isto tenha reflexo no sistema sacrificial. Levítico 1-7, a passagem central dos sacrifícios Mosaicos, fala das ofertas queimadas, das ofertas de alimentos, a oferta pacífica, a oferta do pecado e a oferta da transgressão. Estes sacrifícios são sempre particulares, por Israel, pela igreja (Lev. 1:2; 4:13; 7:36, 38), e em parte alguma lemos de uma expiação universal, uma oferta por todo individuo Judeu e Gentio.

Semelhantemente, no Dia do Sacrifício, o sumo sacerdote fazia um sacrifício pelos Israelitas, não pelos Moabitas ou Jebuseus (Lev. 16:16, 17, 19, 21, 34). Para além disso, o sumo sacerdote levava "os nomes [das doze tribos] dos filhos de Israel"—e não os nomes dos filhos de Esaú—na placa peitoral "sobre o seu coração, quando entrar no santuário," falando do Sua obra representativa e intercessória por eles (Ex. 28:29).

Que seja dito que os sacrifícios do VT falam de uma expiação por cada membro da nação de Israel, lembrando-nos do facto que "nem todos os que são de Israel são israelitas" (Rom. 9:6) e que o verdadeiro israelita não é o circuncidado na carne mas o circuncidado no espírito (Rom. 2:28-29). Cristo morreu pelo verdadeiro Israel e os tipos no VT apontam para a Sua redenção do espiritual "Israel de Deus" (Gal. 6:16).



Parte 6
(15) Consideremos um argumento de Romanos 8 contra a morte de Cristo por todos os homens, cabeça por cabeça. Romanos 8:28-30 fala acerca de um povo que Deus pré-conheceu, predestinado, chamado segundo o Seu propósito, justificado, glorificado e conforme a imagem do Seu Filho. O apóstolo tira a seguinte conclusão: "Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (31). "Pois" ou "portanto" indica que isto é uma inferência lógica baseado nos seus argumentos anteriores, aqui chamados "estas coisas." O "nós" só podem ser aqueles predestinados (ou eleitos) e chamados conforme o propósito eterno de Deus (28-30). Então o argumento de Paulo é este: se Deus é "por nós" (31) na predestinação, chamado, justificação e glorificação (29-30), então "quem pode ser contra nós?" (31). Ou para expandir sobre isto: se Deus no Seu eterno decreto tem-nos escolhido para eterno gozo, chamou-nos das trevas para a Sua maravilhosa luz, absolveu-nos de todos os nossos pecados e reputou-nos justos com a mesma justiça do próprio Cristo, e glorificou-nos ao conformar-nos com a imagem do Seu Filho, então "quem pode ser contra nós?" (31).

O apóstolo reforça o seu já forte argumento com outro: " Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?" (32). Quem é o "nós" referido duas vezes aqui por quem Deus enviou o Seu Filho para morrer? Outra vez, eles são aqueles predestinados e chamados de acordo com o eterno propósito de Deus (28-30). A única conclusão é que Cristo morreu pelos eleitos.

Se for objectado que Cristo também morreu pelos não eleitos, então nós respondemos que a passagem dá nenhuma pista sobre isso. De facto, isto fará a passagem ensinar que Deus enviou o Seu Filho para morrer por aqueles que não são predestinados nem chamados, justificados, glorificados ou conformes a Cristo. Também, se for argumentado que Cristo morreu pelos réprobos, isto fará a passagem ensinar que os réprobas vão receber todas as bênçãos da Sua cruz. Porque o verso 32 ensina que Deus livremente dá todas as coisas àqueles por quem Cristo morreu. O "todas as coisas" inclui liberdade da lei do pecado e da morte (2), vida e paz (6), adopção como filhos de Deus (14), o testemunho do Espírito (16), uma herança eterna (17), a redenção do corpo (23), a capacidade de orar no Espírito (26), etc. Para além disso, o "todas as coisas" também incluirá as bênçãos da justificação, chamado, glorificação e conformidade com Cristo (29-30) de acordo com a predestinação eterna de Deus! Então, a visão que Jesus morreu por reprovados lido em Romanos 8:32 significaria que Deus dá livremente as bênçãos da justificação, chamado e glorificação aos reprovados, aqueles a quem Ele nunca chama, justifica ou glorifica. Este versículo ensina uma ligação absolutamente inseparável entre aqueles por quem Cristo morreu e as bênçãos espirituais. Alguns não recebem estas bênçãos. Logo, Jesus não morreu por eles.

A passagem prossegue em dizer que nenhuma acusação (33) e nenhuma condenação (34) pode ser feita contra aqueles que são justificados (33), aqueles por quem Cristo morreu (34). Mas muitas acusações são justamente feitas pelo Deus dos céus contra os malditos réprobas de modo a serem condenados! Isto é assim porque eles não são justificados (33) porque Cristo não morreu por eles e não intercede por eles (34).



Parte 7
(16) Outro argumento contra a expiação ilimitada flui da doutrina da Santíssima Trindade. O Pai escolheu salvar os eleitos somente e não os réprobas, o Espírito aplica a redenção aos eleitos somente e não aos réprobas, mas o Filho (alegadamente) morreu pelos eleitos e pelos réprobas. Então há uma discrepância entre a extensão da obra salvítica do Pai e do Espírito (eleitos mas não réprobas) e a extensão da obra salvítica do Filho (eleitos e réprobas). Onde está então a unidade entre as três Pessoas de Deus? Não são todos de "uma só mente" e não têm todos um propósito. De facto, uma Pessoa da Trindade (o Filho) está a trabalhar para um objectivo (a salvação dos réprobas) não repartida pelas outras duas Pessoas (o Pai e o Espírito). O Pai elege o Seu povo para ser redimido, o Espírito aplica esta redenção aos mesmos eleitos, mas o Filho (alegadamente) morre para redimir alguns a quem o Pai escolheu não redimir e alguns a quem o Espírito não quer aplicar a redenção. O ensino da morte de Cristo por todos os homens cabeça a cabeça é proíbida pela doutrina Cristã da Santíssima Trindade e vai contra as afirmações da Escritura acerca da unidade da extensão da obra salvítica do Pai e do Filho (João 10:15-17; Rom. 3:25-26; II Cor. 5:18-19; Ef. 1:4-7), o Filho e o Espírito (Gal. 4:4-6; Heb. 9:14), e o Pai, o Filho e o Espírito (II Tess. 2:13-14; Tito 3:4-6; Ap. 1:4-6).

(17) A Expiação Universal é contrariada pela apresentação Bíblica da expiação de Cristo como uma obra que realmente salva. Cristo livrou-nos do reino do diabo (Heb. 2:14-15). Ele apaziguou a ira de Deus contra nós ao carregar sobre si a justa indignação de Deus contra os nossos pecados (I João 4:10). Ele reconciliou-nos (Rom. 5:10) e redimiu-nos (Gal. 3:13) e resgatou-nos (Mat. 20:28). A Escritura não ensina que Cristo torna a salvação possível pela Sua morte. Em parte alguma diz isso. A Bíblia ensina que Jesus realmente salva, reconcilia, redime e resgata-nos pela Sua cruz. Ele não o torna meramente possível a todos os homens serem salvos, reconciliados, redimidos e resgatados. Na cruz, Ele desviou a ira punitiva de Deus contra nós para sempre. Não é verdade que a ira de Jeová é apenas potencialmente desviada de todos os homens para todos poderem ser salvos, se eles, por um acto do seu "livre-arbítrio," escolherem Jesus. Mais ainda, esta visão faria a entrada no reino de Deus depender da decisão do homem e não da eleição de Deus.

Se Jesus pagou o preço por todos os homens e no entanto alguns perecem no Inferno então a sacrifício de Cristo não salva realmente aqueles por quem foi feito. Então, também não é substitutivo, porque se Ele levou o castigo do répobra—no seu lugar!—então porque perecem? Se alguns acabam no Inferno por quem Cristo morreu, então Deus pune os seus pecados duas vezes, uma em Cristo e uma neles. Como pode um Deus infinitamente justo requerer pagamento a dobrar pelos pecados? Como pode exigir castigo ao pecador no Inferno quando já foi satisfeita pelos seus pecados? E como podem alguns por quem Cristo salvou, reconciliou, redimiu e resgatou habitarem para sempre como inimigos de Deus na prisão do Inferno? Lembra-te: não há condenação para aqueles por quem Cristo morreu (Rom. 8:34).



Parte 8
(18) Se Cristo morreu absolutamente por todos, então porque não são todos realmente salvos? Romanos 6 torna claro que aqueles que estão em Cristo na Sua morte estão mortos para o pecado e "vivos para Deus" (11), e serão ressuscitados corporalmente para a glória (5). Mas muitos passam todos os seus dias "mortos em delitos e pecados" (Ef. 2:1) e serão levantados na "ressurreição da condenação" (João 5:29). Nós só podemos concluir que eles não estão unidos a Cristo na Sua morte (i.e., Cristo não morreu por eles). Pois se os réprobas estivessem unidos a Cristo na Sua morte (i.e., se Cristo morreu por eles), eles viveriam para Deus.

A Escritura ensina que quer a fé (Ef. 2:8-9; Fl. 1:29) quer o arrependimento (Actos 5:31; 11:18; II Tm. 2:25) são dons da graça de Deus. Fé e arrependimento são parte das "bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo" (Ef. 1:3). As bênçãos de Deus em Cristo vieram pela cruz de Cristo (Rm. 8:32; Gl. 3:13-14). Mas "a fé não é de todos" (II Ts. 3:2) nem todos se arrependem (Ap. 16:11). Logo a fé e o arrependimento não foram comprados para todos, cabeça a cabeça, a cruz e por isso Cristo não morreu por todos.

Tito 2:14 explica que o propósito de Cristo na Sua redenção na cruz é a santificação do Seu próprio "povo peculiar" que nós fossemos um povo purificado e "zeloso de boas obras". Mas muitos morrem na "imundície" (Ap. 22:11) por causa das suas "obras de impiedade" (Judas 15). Uma vez que o propósito de Deus omnipotente é firme (Rm 9:11) e nunca pode ser resistido (II Cr. 20:6), não foi propósito de Cristo de santificar e redimir o réproba pela Sua cruz. Logo Ele não morreu por eles.

(19) Se Cristo derramou Seu sangue para redimir todos, cabeça a cabeça, então os credos das igrejas Reformadas, no continente, nas Ilhas Britânicas e por todo o mundo, ensinam falsa doutrina neste ponto. Os Cânones de Dort—a maior assembleia de Protestantes Reformados de sempre—claramente afirma que Cristo redimiu os eleitos "e somente aqueles" (2:8) e que aqueles que ensinam que Ele morreu por absolutamente todos "desprezam a morte de Cristo" e "evocam do inferno o erro pelagiano" (2:R:3). B. B. Warfield escreveu que os Cânones foram "publicados autoritativamente em 1619 do encontro do Sínodo [Holandês] com a ajuda de um grande corpo de acessores estrangeiros, representativo de praticamente todo o mundo Reformado. Os Cânones ... por isso ... [possuem] a autoridade moral dos decretos de praticamente um Concelho Ecuménico através de todo o corpo das Igrejas Reformadas" (Works, vol. 9, p. 144). A Confissão de Fé de Westminster declara, "Nem há outros redimidos por Cristo ... mas somente os eleitos" (3.6; cf. 8:1; 11:4; 13:1). Estes artigos foram copiados na Declaração de Savoy e na Confissão Baptista. Ainda, todos os credos Presbiterianos, Congregacionais e Baptistas ensinam a Expiação Limitada ou Redenção Particular. Lembremo-nos também que todos que recitam o Breve Catecismo de Westminster confessam que Jesus Cristo é o "único Redentor dos eleitos de Deus" (A 21). Como temos visto nos números anteriores desta matéria, os credos Reformados simplesmente apresentam o ensino Bíblico sobre este assunto. Tomemos sem demora a verdade da Escritura e honremos o crucificado e vitorioso Cristo!

Traduzido por Nuno Pinheiro

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cultos Todos os Dias e Orações no Plenário Marcaram a 37ª Reunião Ordinária da IPB


Cibele Lima

A XXXVII Reunião Ordinária do Supremo Concílio da IPB, que ocorreu de 11 a 17 de Julho na Igreja Presbiteriana de Curitiba (Central), foi marcada por momentos de de culto e oração.

Além da preocupação com a manutenção da democracia, a Reunião foi marcada pela intensa busca de orientação a Deus durante as tomadas de decisões, com momentos de oração e de quebrantamento.

A Reunião Ordinária do Supremo Concílio ocorre a cada quatro anos, para deliberações acerca de assuntos de importância fundamental para o bom desenvolvimento das Igrejas Presbiterianas do Brasil.

Nesta 37ª Reunião, estiveram presentes 2 mil pessoas, entre pastores, presbíteros, líderes de igrejas e visitas com destaque à visita de representantes de igrejas parceiras da IPB da Coréia, Holanda, Estados Unidos, Angola, África do Sul e Chile, que vieram acompanhar a reunião.

Cerca de 1150 Deputados vindos de 296 Presbitérios espalhados por todo o território nacional, participaram desta reunião que, celebra os 100 anos desde a primeira Assembléia Geral, realizada no Rio de Janeiro , em 1910.

Em ambiente de democracia, foram resolvidos assuntos propostos em ata anterior, e realizada a eleição da nova diretoria para o Quadriênio 2010 - 1014. De acordo com Rev. Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio, “deliberar democraticamente é um dos maiores desafios, mas é preciso colocar todo o empenho para a prática da democracia”.

Houve, ainda, a participação de Eleny Vassão, Capelã Hospitalar, que compartilhou com os presentes as conquistas e os desafios realizados nos hospitais, acrescentando informações preciosas do que a Igreja pode fazer além dos muros.

As eleições ocorreram de forma tranqüila e positiva, com a reeleição do Reverendo Roberto Brasileiro como presidente. Segundo ele, é com muito temor que assume o novo desafio de pastorear a IPB, com a graça de Deus. O Reverendo foi candidato único, indicado por diferentes sínodos e presbitérios das várias localidades brasileiras, com 1052 votos.

No último dia de atividades, o pregador do culto de encerramento, Rev. Hernandes Dias Lopes, chamou a igreja à oração e à evangelização que, segundo ele, são práticas indispensáveis de uma igreja genuinamente cristã, “tendo como modelo o próprio Cristo Jesus, pois, sem essas práticas, a igreja não experimentará o avivamento”, concluiu Rev. Hernandes.

Durante os dias da Reunião, a IPBTV fez uma retrospectiva ao vivo com entrevistas de alguns pastores que atuam em vários segmentos da IPB.

Devido o curto tempo para as deliberações, ficou decidido que os assuntos que não puderam ser tratados nesta 37ª Reunião serão discutidos em Reunião Extraordinária que será realizada no próximo ano, ainda com local e data sem definição.

Mesa do SC/IPB para o quadriênio 2010 – 2014 eleita:

Presidente: Rev. Roberto Brasileiro, com 1052 votos.

Vice Presidente: Rev. Juarez Marcondes Filho, com 588 votos.

Primeiro Secretario: Rev André Ramos, com 540 votos.

Segundo Secretario: Rev. Geraldo Silveira Filho, com 625 votos.

Terceiro Secretário: Presb. Daniel Sacramento, com 605 votos.

Quarto Secretário: Rev. Ashbel Simonton, com 413 votos.

Tesoureiro: Presb. Renato Piragibe, com 906 votos.

Secretário Executivo: Rev. Ludgero Bonilha de Moraes, com 517 votos (eleito por 8 anos)

Secretários Gerais das Secretarias:

UPH: Presb. Aroldo Penhor

SAF: Pof. Eunice Souza da Silva

UMP: Presb. Alexandre Henrique Almeida

UPA: Rev. Carlos Eduardo Aranha Neto

UCP: Rev. José Roberto Coelho

Fonte: http://www.ipb.org.br/

sexta-feira, 7 de maio de 2010

“Evangelicofobia”: um preconceito científico

Marcos Bontempo

Querem nos jogar aos leões. Manifestações, digamos, religiosas, seja no boteco da esquina, nas universidades ou nos campos de futebol, quando não achincalhadas, são reprimidas e até punidas pelos “donos da bola”. Símbolos cristãos são abolidos e qualquer virtude que pareça religiosa é escondida. A mídia, como é de praxe, acende uma vela para cada santo — ou demônio, não importa. Num dia descobre o crescimento dos evangélicos; no outro, anuncia o enterro da religião.
Evangelicofobia é o “novo” nome na praça. Parafraseando Luis Felipe Pondé, eu diria que o único preconceito considerado "científico" entre os inteligentes e descolados é o preconceito contra a religião. Nos últimos dias, em nome da causa — combate à homofobia —, tudo é permitido: discriminação, preconceito e até perseguição.

Fonte: Utimato Oline

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Idolatria Evangélica

João Flávio Martinez

A confiança em amuletos!

Acreditamos que a fé das pessoas deve e tem que ser estimulada. Infelizmente, vemos que nessa tentativa certas igrejas estão usando um sistema não ensinado pela Bíblia. Sistema este cuja base é a troca da fé genuína, pela fé no visível e palpável. Nós, que somos protestantes, somos conhecidos por crer no Deus invisível e não aceitar o palpável (Jo 20.29). Como aceitar essa doutrina dos amuletos imposta por algumas denominações evangélicas? Cornetas, espadas, sal grosso, arruda, rosa, enxofre e muito mais. Isso tudo é inaceitável, visto não ter bases bíblicas e nunca ter sido praticado pela Igreja primitiva. Devemos ter em mente o nosso verdadeiro alvo, a fé viva em Deus, invisível, mas real (I Tm 1.17).

"...fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé..." (Hb 12.2).

Esse desvio de alvo tornou-se tão sério que as pessoas dessas igrejas precisam quase sempre de um objeto para que sua fé funcione.

Certo dia eu encontrei um irmão, amigo meu, que congregava em uma dessas igrejas. Nesse nosso encontro ele mostrou-me uma corneta e tocou bem forte. Após isso me perguntou:

- "Você sentiu?"

-"Senti o que?"

-"O poder", disse ele.

Demonstrei na minha fisionomia que não havia entendido nada e então ele explicou-me:

- "É uma corneta ungida e o Bispo nos disse que tem poder, poder tão forte que expulsa até demônios."

Chocado eu lhe expliquei que só no nome de Jesus havia poder para tal (Mc 16.17) e que eu não sabia que a igreja dele estava dando aquilo para seus membros. Ele, um tanto chateado, disse-me:

- "Dando não, eu paguei cem reais!".

Depois desse diálogo, disse até logo e fui embora. Relatei esse fato para mostrar que se não for feito nada a coisa não vai ficar boa.

Uma vez ou outra nos deparamos com estes amuletos dependurados nas casas de certos cristãos. Isso é lamentável!

Em outra ocasião fui chamado com urgência para acudir certa pessoa com problema de possessão - era a nora de uma irmã que freqüentava uma dessas igrejas. Ao chegar contemplei sua nora terrivelmente endemoninhada, mas o que mais me chocou não foi o estado de possessão em que se encontrava a moça e sim ao ver a irmã fazendo um exorcismo com um amuleto na mão. O amuleto era o chaveiro da denominação que ela freqüentava. Quando a indaguei sobre o que fazia, a mulher disse-me que o chaveiro era ungido e que o pastor tinha lhe dito que aquilo era poderoso até para expulsar demônio. Mostrei-lhe como era o certo e a aconselhei a jogar fora aquela "idolatria Evangélica".

O Senhor JESUS nos deu autoridade para expulsar o mal em seu nome, e não usar de amuletos e artimanhas. Não nos esquecendo que estes amuletos não são de graça, custam muito dinheiro e usurpam a glória de Deus.
Fonte: Ministério CACP

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O Plano Simples De Deus Para A Salvação

Meu amigo! Faço-te a mais importante pergunta desta vida. Tua alegria ou tristeza por tôda a ETERNIDADE depende dela. Eis a pergunta: Estás SALVO? Quer dizer ... ESTÁS CERTO de que irás para o Céu quando morreres? Não te pergunto se és membro de alguma igreja, mas ESTÁS SALVO? Não te pergunto se és pessoa de bem mas ESTÁS SALVO? Ninguém pode gozar das bênçãos de Deus ou ir para o Céu, sem estar salvo. Jesus disse a Nicodemos, em João 3:7 - "Necessário vos é nascer de novo." Deus nos deu na Sua Palavra um ÚNICO plano de Salvação. Esse plano é simples. Podes ser salvo HOJE.

Primeiro, meu amigo, tens de reconhecer que és PECADOR.

Romanos 3:10 - "Não há um justo, nem um sequer."

Romanos 3:22, 23 - "Porque não há diferença: TODOS pecaram e destituidos estão da glória de Deus."

Não há OPORTUNIDADE de seres salvo, se não reconheceres que ÉS PECADOR.

Porque és pecador, estás CONDENADO À MORTE!

Romanos 6:23 - "Porque o salário do pecado é a morte."

Tiago 1:15 - "E o pecado, gera a morte."

Isto significa separação de Deus, no Inferno para sempre. Sim, é terrível, meu amigo, mas é verdade. Mas Deus te amou tanto que Deu seu unigènlto filho, Jesus Cristo, como teu substituto, para levar teus pecados e morrer em teu lugar.

2 Coríntios 5:21 - "AQUELE que não conheceu pecado (Jesus) 0 fez pecado por NOS para que nELE fôssemos feitos justiça de Deus."

1 Pedro 2:24 - "Levando Ele mesmo em SEU corpo os NOSSOS pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas Suas feridas FOSTES SARADOS."

Jesus teve que morrer. Ele teve que derramar o Seu sangue. "Porque a alma da carne está no sangue (Levíticos 17:1 1). "Sem derramamento de sangue não ha remissão" (Hebreus 9:22).

Não podemos, agora, compreender como os nossos pecados foram colocados sobre Cristo, mas Deus, em SUA PALAVRA, diz que foi assim. Assim os TEUS PECADOS, meu amigo, foram carregados POR JESUS, e ELE MORREU EM TEU LUGAR. Isto é verdade. Deus não pode mentir!

0 carcereiro de Filipos perguntou a Paulo e Silas: "Que é necessário que EU FAÇA para me SALVAR?"

Atos 16:31 - "E eles disseram: CRÊ no Senhor Jesus Cristo, e SERÁS SALVO, tu e a tua casa."

Basta crer nELE como 0 que carregou teu pecado, e morreu no teu lugar, foi sepultado e ressuscitou para tua justificação. Clama, agora, por Ele!

Romanos 10:13 - "Porque TODO AQUELE que invocar o nome do Senhor será salvo."

A primeira oração que um PECADOR deve fazer, é a seguinte: "Ó Deus, tem misericórdia DE MIM, pecador" (Lucas 18:13). Agora és um pecador e sentes tristeza por isso. Então, AONDE ESTIVERES, podes elevar o teu coração a Deus em oração. Não é necessário fazer uma longa oração em voz alta, porque Deus está ANSIOSO para te salvar. Basta dizeres: "Ó Deus, sou um pecador arrependido. Tem misericórdia de mim e salva-me pelo amor de Jesus." Aceita-0, então, de acôrdo com a Sua Palavra.

Romanos 10:13 - Porque TODO AQUELE (isto te inclui) que invocar o nome do Senhor SERÁ SALVO (será salvo, e não talvez seja salvo). SERÁ SALVO!

Crê em Deus e na Sua PALAVRA. Quando tiveres feito o que Ele te pediu, aceita a SALVAÇÃO PELA FÉ, conforme a SUA PALAVRA. CRÊ E SERÁS SALVO. Nenhuma igreja, nenhuma sociedade nem as boas obras ninguém - mas Só e únicamente JESUS CRISTO PODE TE SALVAR.

0 plano simples da salvação é: ÉS PECADOR; porque és pecador, DEVARÁS MORRER ou crer em Cristo que foi TEU SUBSTITUTO e morreu em TEU LUGAR, foi sepultado e ressuscitou. Clama por Ele, reconhecendo que és um pecador e pede-LHE que tenha misericórdia de ti e te salve, pelo AMOR DE JESUS. Crê, então, na Sua Palavra e, PELA FÉ,ACEITA A SALVAÇÃO. Dirás talvez:" Certamente isto não basta para ser salvo."

Sim - nada mais e absolutamente nada. Graças a Deus, muitos têm sido ganhos para Cristo por êsse simples plano. Está nas ESCRITURAS. É 0 PLANO DE DEUS. Crê nÊLE meu amigo, e SEGUE-0. Agora é o tempo. HOJE é o dia.

2 Coríntios 6:2 - "Eis aqui AGORA o tempo aceitável, eis aqui AGORA o dia da salvação."

Provérbios 27:1 - "Não presumas do dia de amanhã, porque não sabes o que produzirá o dia."

Se não achares perfeitamente claro, lê novamente até poderes compreender. Tua alma tem mais valor do que tudo no mundo.

Marcos 8:36, 37 - "Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou que daria o homem pelo resgate da sua alma?"

Assegura a tua salvação. Coloca a tua salvação acima de todas as coisas. Se perderes a tua alma, não entrarás no céu e perderás tudo. Deus te ajudará afim de que sejas salvo hoje.

Deus te salvará e, também, TE GUARDARÁ.

1 Corintios 10: 13 - "Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar."

Não contia nos teus sentimentos. Estes mudam. Firma-te nas promessas de Deus. Estas nunca mudam.

DEPOIS DE SALVO, há três coisas que deves realizar, para o teu crescimento espiritual:

ORA - e falarás com Deus. LÊ A BíBLIA - e Deus falará contigo. TESTIFICA - e falarás por Deus. Em seguida deves ser batizado e afiliado a uma igreja que creia verdadeiramente na Bíblia.

Mateus 10:32 - "Portanto qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus."

Robert Ford Porter, 1991
Fonte: Lifegate.inc
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